Moro aceita denúncia e ex-senador Gim Argello vira reú na Lava Jato

aycer Tomaz / Câmara dos Deputados Ex-senador Gim Argello é acusado de receber propina de R$ 1,6 milhão para barrar a CPI da Petrobras

O ex-senador Gim Argello (DF) vai responder pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato. O juiz federal Sergio Moro aceitou denúncia do MPF e o tornou réu no processo.

Gim Argello é acusado de obstruir os trabalhos de investigação quando atuou como vice-presidente da CPI da Petrobras e das CPMIs no Senado e na Câmara, em 2014. A denúncia aponta que ele teria solicitado propina de R$ 5 milhões à Construtora Galvão Engenharia.

O montante foi pago para evitar que empreiteiros prestassem depoimentos à Comissão. Segundo as denúncias, Argello já teria recebido R$ 1,6 milhão por meio de partidos políticos.

Em 2016, o ex-senador já havia sido condenado pela Justiça Federal a 19 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas, em novembro de 2017, o TRF-4 reduziu a pena para 11 anos e 8 meses.

Gim Argello está preso, desde abril de 2015, no Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba.