PF abre 4 inquéritos para investigar ameaças feitas à presidente do TSE

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2018 14h37 - Atualizado em 24/10/2018 14h38
Estadão Conteúdo Ministra Rosa Weber discursando A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, foi chamada de "salafrária", "corrupta" e "incompetente" pelo coronel Carlos Alves em vídeo gravado por ele

A Polícia Federal (PF) abriu quatro inquéritos para investigar as ameaças feitas à presidente do Tribunal Superior eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, entre elas o vídeo gravado pelo coronel Carlos Alves, militar da reserva. Na gravação, ele faz uma série de ofensas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e chama a presidente do TSE de “salafrária”, “corrupta” e “incompetente”.

“Sabemos de quem se trata e onde se encontra”, disse o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann nesta quarta-feira (24), após cerimônia para repasse de recursos do governo ao Conselho Nacional da Justiça (CNJ).

Nesta terça (23), os ministros da Segunda Turma do STF aprovaram um ofício para que o coronel fosse investigado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se adiantou e solicitou a abertura do inquérito pela PF.

O decano da Corte, ministro Celso de Mello, foi o que deu o discurso mais contudente em defesa de Rosa Weber. Para eles, os ataques representam um “ultraje inaceitável” ao STF, à ordem democrática e ao Judiciário.

“O primarismo vociferante desse ofensor da honra alheia fez-me lembrar daqueles personagens patéticos que, privados da capacidade de pensar com inteligência, optam por manifestar ódio visceral e demonstram intolerância radical contra os que consideram seus inimigos. Todo esse quadro imundo que resulta do vídeo, que, longe de traduzir expressão legítima da liberdade de palavras, constitui verdadeiro corpo de delito comprobatório da infâmia perpetrada pelo autor”, afirmou Celso de Mello.

Em nota divulgada também nesta terça-feira, o Exército informou ter aberto uma investigação para apurar a conduta do coronel da reserva. “O referido militar afronta diversas autoridades e deve assumir as responsabilidades por suas declarações, as quais não representam o pensamento do Exército Brasileiro”, diz o texto.

*Com informações da Agência Brasil

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