Temer diz que Meirelles foi bem recebido no MDB e afirma: “Ele é a continuidade”

  • Por Agência Brasil
  • 07/06/2018 21h03
Agência EFE Presidente comentou também sobre o bombardeio de denúncias que vem sofrendo há praticamente um ano

Em entrevista exclusiva à TV Brasil, o presidente Michel Temer falou sobre a chegada de Henrique Meirelles ao MDB. Segundo ele, o pré-candidato foi bem recebido no partido representa “a continuidade”.

Ele afirmou, entretanto, que o partido nunca tem posição unânime. “O MDB sempre foi assim. Nem dr. Ulysses [Guimarães] conseguiu. Ele reconstruiu o Brasil e teve 4,6% dos votos; foi abandonado pelo MDB”, avaliou. Michel Temer disse ainda esperar ser reconhecido futuramente. “Já me disseram que o reconhecimento virá depois, será mais histórico do que momentâneo”, afirmou.

Investigações

Sobre o bombardeio de denúncias que vem sofrendo há praticamente um ano, Temer fez um forte desabafo, afirmando que o que estão tentando fazer é o  “esquartejamento político e moral do presidente da República”. “Não é um movimento investigativo; é político, para desmoralizar o governo”, disse.

“Lamento ter de dizer que é violação dos direitos constitucionais. O tratamento que me dão é indigno. Estou sendo vilipendiado”, completou.

O presidente afirmou que os inquéritos são prorrogados por “mais e mais tempo na tentativa de alcançar o presidente da República”, mas que nunca houve provas de irregularidades. “Vão buscar coisas já arquivadas, de 1998. Encontraram um documento não sei onde, de não sei quantos anos atrás e querem saber o que o Temer tem a ver com isso. O Brasil está neste tom. É insuportável. Mas isso não paralisa o governo não; pelo contrário”, afirmou.

O presidente disse ainda que não tem preocupações com a quebra de seu sigilo bancário ou telefônico. “Não me incomodo; é indevido, mas não vou recorrer. Podem ver minhas modestíssimas contas bancárias. Tenho 50 anos ou mais de serviço e como patrimônio coisa mínima. Não tenho fazendas, empresa, casa de praia, casa de campo”, enumerou. “É um displante, mas fiquem à vontade. Podem repastar-se. Mas isso não pode continuar assim”, reclamou.

“Se me permitem uma expressão grosseira, digo que vão quebrar a cara [sobre pedido da Polícia Federal de quebra de sigilo telefônico, referente a 2014]. Podem olhar tudo; verifiquem com quem eu falei”, desafiou.

O presidente lembrou que as coisas positivas feitas pelo governo costumam não ser atribuídas a ele. “A área economia caiu do céu? Não. Havia um.presidente preocupado com a recuperação do país que trouxe essas pessoas para o governo”, avaliou.

“Fizemos a reforma do ensino médio, criamos a maior reserva marinha do mundo, melhoramos  a saúde; não foi só na economia que atuamos”, completou.

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