Temer diz que só decidirá sobre reajuste de salários no STF ‘lá na frente’

  • Por Jovem Pan
  • 14/11/2018 14h50 - Atualizado em 14/11/2018 15h04
EFE/Joédson Alves O reajuste pode custar, em efeito cascata, R$ 6 bilhões aos cofres públicos, caso seja sancionado

O presidente Michel Temer, do MDB, disse nessa quarta-feira (14) que só decidirá se veta ou sanciona o reajuste de salários dos ministros do STF, Supremo Tribunal Federal, e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, “lá na frente”. Temer deve adiar ao máximo a decisão para definir perto do dia 28 de novembro.

A declaração aconteceu durante o evento do acelerador de partículas do Projeto Sirius, em Campinas. O presidente, que tem pouco mais de um mês de governo, disse ainda que está examinando com “muito cuidado” o reajuste. “Vamos ver como fazemos. Temos até o dia 28 de novembro para a sanção”, disse.

O reajuste dos salários foi aprovado pelo Senado no último dia 7 de novembro e gerou comoção e duras críticas aos ministros da Suprema Corte. Caso Temer corrobore e sancione a mudança, os salários passam de R$ 33,7 para R$ 39 mil.

A preocupação de parte da classe política e de parcelas da sociedade civil é que o custo desse reajuste seja muito alto, já que a aprovação abriria margem para aumento nos vencimentos de membros do Judiciário, bem como parlamentares e do próprio presidente. Caso isso aconteça, o reajuste poderá custar R$ 6 bilhões aos cofres públicos.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, do PSL, também se manifestou sobre o reajuste. Para ele, que já havia se posicionado contra em situações anteriores, o aumento salarial é “inoportuno”.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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