“Toffoli cancela cautelares de seu ex-chefe”, critica Dallagnol

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2018 09h39 - Atualizado em 03/07/2018 09h42
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Deltan Dallagnol "A Operação Lava Jato vem sofrendo ataques" e que isso "ficará pior" depois das eleições, disse o procurador

O chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol, manifestou, via Twitter, discordância da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que impediu de ofício que o juiz Sergio Moro colocasse tornozeleira eletrônica no ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Dallagnol apontou que, uma vez que medidas cautelares já estavam vigentes quando foi decretada a prisão de Dirceu, elas deveriam voltar a valer quando o Supremo suspendeu a pena do ex-ministro condenado no petrolão.

Na mensagem postada na rede social, o procurador da Lava Jato lembrou que o ministro Dias Toffoli já trabalhou para Dirceu

“Dirceu foi preso para cumprir pena quando vigiam cautelares (como tornozeleira). Em seguida, a 2ª Turma suspendeu pena contra decisão do STF que permite prisão em 2ª instância. Naturalmente, cautelares voltavam a valer. Agora, Toffoli cancela cautelares de seu ex-chefe”, comentou Dallagnol.

Toffoli, que vai presidir o STF a partir do segundo semestre, já foi advogado do PT e exerceu a função de subchefe da área de Assuntos Jurídicos da Casa Civil durante a gestão de Dirceu na Casa Civil no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirceu foi condenado a mais de 30 anos de prisão em segunda instância (pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que aumentou a pena aplicada por Moro) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, pela sustentação política do PT de Renato Duque na diretoria da Petrobras, via propina da empreiteira Engevix.

Em postagem ainda mais recente, Dallagnol escreveu que “a Operação Lava Jato vem sofrendo ataques” e que isso “ficará pior” depois das eleições.

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