Três ministros têm o celular clonado em tentativa de golpe

  • Por Thiago Navarro/Jovem Pan
  • 27/03/2018 13h20 - Atualizado em 27/03/2018 13h27
Marcos Correa/PR Ministros Carlos Marun (esq.) e Eliseu Padilha (dir.) ao lado do presidente Michel Temer em evento em Brasília

Três ministros que frequentam o Palácio do Planalto tiveram seus números de celular clonados.

Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) Osmar Terra (Desenvolvimento Social), todos do MDB, se surpreenderam quando seus contatos no Whatsapp começaram a receber pedidos, em nome dos ministros, de transferências bancárias para contas no Maranhão.

Padilha e Marun têm gabinetes próximos ao do presidente Michel Temer em Brasília. Já Terra frequenta o Palácio, mesmo não tendo sala próxima.

À Jovem Pan, Marun contou que o golpista usou até seu “estilo de se comunicar”, “quase que falando com sotaque, mesmo que estivesse escrevendo”.

“Não houve danos a nenhum amigo meu, pelo menos que eu saiba”, conforta-se o ministro. “Um conhecido chegou a tentar fazer o depósito, mas a conta informada já não estava mais recebendo depósito”.

O amigo de Marun que quase caiu no golpe teria sido Aldo Teló, pai do cantor sertanejo Michel Teló.

Três colegas de Osmar Terra teriam feito a transferência de R$ 6 mil.

Segundo as apurações iniciais, os criminosos foram até uma operadora telefônica se passando por homens de confiança do governo, por meio de documentos falsos. Eles pediram um novo número e chip em nome dos ministros.

Marun registrou boletim de ocorrência e diz que aguarda “para ver se a Polícia Federal consegue descobrir isso”.

O ministro da Secretaria de Governo classifica o caso como “uma situação que realmente preocupou de uma forma até especial”.

“Não estou entendendo que é uma coisa simples”, disse, destacando que esta foi a segunda vez que seu número é clonado. A anterior foi quando ele presidia a Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara. O relator da comissão, deputado Arthur Maia (PPS-BA), também teve o celular clonado ao mesmo tempo.

“São coincidências que começam a aparecer, não só obra do acaso. Não acredito em coincidências”, disse Marun.

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