Portugal anuncia “saída limpa” de resgate após 3 anos de ajustes

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2014 22h59

Lisboa, 4 mai (EFE).- O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou neste domingo uma “saída limpa” (sem mecanismos de apoio) do resgate do país, que será encerrado oficialmente no próximo dia 17, após três anos de duríssimos ajustes.

“Sairemos do programa de assistência sem recorrer a nenhum programa cautelar”, disse o chefe do Executivo em uma alocução ao país desde sua residência oficial.

Após a reunião extraordinária do Conselho de Ministros convocada para discutir sobre esta questão e na companhia de todos seus ministros, Passos Coelho ressaltou que esta é “a escolha correta no momento correto”.

De acordo com o primeiro-ministro, o próximo dia 17 de maio, data em que será encerrado o programa de assistência financeira ao país, será um dia de homenagem a todos os portugueses e marcará a “reconquista da autonomia” do país.

Essa reconquista, acrescentou Passos Coelho, será possível sem recorrer a nenhum apoio extra porque o país recuperou a credibilidade e seu retorno aos mercados foi um êxito.

“Temos a confiança dos investidores e os juros de nossa dívida estão em níveis muito baixos historicamente”, precisou Passos Coelho ao ressaltar que a saída escolhida por Portugal conta com o apoio inequívoco de todos seus parceiros europeus.

A decisão do governo português é similar à adotada pela Irlanda em dezembro de 2013, quando anunciou o fechamento de seu programa de resgate sem solicitar uma linha de crédito preventiva para fazer frente a futuros imprevistos.

A modalidade de saída do resgate vem à tona dois dias depois que o governo português anunciasse a aprovação da 12ª e última avaliação dos técnicos da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) aos planos de ajuste e reformas iniciados no país.

A aprovação final da troika permite o desembolso do último lance da ajuda ao país, no valor de 2,6 bilhões de euros, com os quais se completam os 78 bilhões emprestados em vários lances a Portugal desde maio de 2011. EFE

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