Presidente do parlamento invalida eleição de primeiro-ministro na Líbia

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2014 22h59

Trípoli, 4 mai (EFE).- O presidente interino do parlamento líbio, o primeiro vice-presidente Azeldin al Awami, invalidou neste domingo a eleição de Ahmed Maitiq como primeiro-ministro após desprezar a votação em que ele se impôs como chefe do governo com 121 votos.

Em mensagem enviada ao primeiro-ministro interino Abdullah Al- Thani, que apresentou sua renúncia no último 13 de abril, Al Awami assegurou que Maitiq só alcançou 113 votos, sete votos a menos que os necessários para ser designado como chefe do Executivo.

Na mesma carta, o presidente interino da Assembleia Legislativa solicitou a Al-Thani que continuasse à frente do governo até que se proceda a eleição de um novo primeiro-ministro.

Em uma sessão caótica e repleta de divergências e discussões entre parlamentares, a primeira votação, realizada por volta do meio-dia local, foi encerrada com 71 votos a favor de Maitiq, 43 a favor de seu oponente, Omar al Hasi, e 36 votos em branco.

Posteriormente, em uma segunda sessão, Maitiq, um empresário de 43 anos formado no Reino Unido, conseguiu 113 votos, sete abaixo dos 120 necessários para ser designado como primeiro-ministro.

No entanto, esta segunda votação foi seguida de uma grande confusão devido a uma discussão entre diferentes parlamentares, especialmente os integrantes da Aliança Força Nacional, que se retiraram por considerar que a sessão havia acabado.

Mas, pouco tempo depois, uma terceira rodada de voto foi proposta, na qual Matiq alcançou 121 apoios, suficientes para receber a incumbência de formar novo governo ao término de duas semanas. É justamente essa votação que Al Awami considera nula, principalmente por ter sido realizada após o término da sessão.

“O que ocorreu após o encerramento da sessão, ou seja, a continuação do processo, o aumento dos votos, o anúncio da vitória de um candidato e sua incumbência de formar governo não tem validade e são contrários à lei”, finalizou al Awani. EFE

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