Promotoria alemã abre investigação por fraude contra ex-presidente da VW

  • Por Agencia EFE
  • 28/09/2015 21h23

Berlim, 28 set (EFE).- A promotoria de Braunschweig, no centro da Alemanha, anunciou nesta segunda-feira que abriu uma investigação contra o ex-presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, pelo crime de fraude por causa da manipulação das emissões de gases poluentes.

“O objetivo das diligências é especialmente esclarecer as responsabilidades”, afirmou o Escritório Central para Crimes Financeiros da promotoria de Braunschweig.

A investigação judicial foi decidida após as várias denúncias contra o maior fabricante de veículos do mundo, indicou a promotoria.

Entre essas denúncias, segundo o comunicado, está uma da própria Volkswagen, dirigida contra “desconhecidos”.

A promotoria de Braunschweig já havia informado na quarta-feira que cogitava abrir diligências contra Volkswagen.

As denúncias, a maioria de cidadãos, foram apresentadas depois da divulgação pelas autoridades ambientais americanas de um esquema de fraude nas medições de emissões de poluentes em milhões de veículos da VW.

A investigação correrá paralelamente à aberta pelo governo alemão, que na semana passada criou uma comissão no Ministério de Transportes para investigar o caso.

Winterkorn renunciou na quarta-feira à presidência do grupo, depois de a Volkswagen reconhecer que montou em onze milhões de veículos um programa que identifica quando está sendo submetido a um teste para que então o motor emita menos gases poluentes e cumpra os limites legais.

Desses onze milhões, cinco são da marca Volkswagen (o restante de outras marcas do grupo) e 2,8 milhões foram vendidos na Alemanha.

O novo presidente da empresa, Matthias Müller, afirmou em carta aos seus cerca de 600 mil funcionários no mundo todo que esclarecerá completamente o que aconteceu sobre a manipulação das emissões de gases poluentes.

O grupo anunciou no sábado que prevê reparar em breve e gratuitamente esta manipulação em todos os veículos afetados, os modelos a diesel comercializados em vários países. EFE

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