PT diz em nota que doações recebidas por Vaccari são legais

  • Por Agência Brasil
  • 23/03/2015 18h43

O tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop em depoimento à CPI das ONGs do Senado Sérgio Lima/Folhapress Vaccari

A Secretaria de Finanças do PT divulgou hoje (23) nota informando que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, nunca recebeu ou pediu doações ilegais para a legenda. Segundo o documento, todos os recursos são recebidos por meio de depósitos bancários e declarados oficialmente.

Mais cedo, o juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra 27 investigados na Operação Lava Jato, entre eles Vaccari Neto. A ação penal inclui o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, além de outros investigados na décima fase da operação, deflagrada semana passada.

Na nota, o PT esclarece que as acusações contra Vaccari, feitas por meio de acusados que aceitaram acordo de delação premiada, “não correspondem à verdade”.

“Ressaltamos que o secretário Vaccari não ocupava o cargo de tesoureiro do PT no período citado pelos procuradores na ação aceita pela Justiça, uma vez que ele assumiu a posição apenas em fevereiro de 2010”, acrescenta o partido.

De acordo com a nota, o tesoureiro está à disposição da Justiça para esclarecer os fatos. “O secretário Vaccari permanece à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários, como sempre esteve desde o início da investigação. E reitera que apresentará sua defesa demonstrando que as acusações que pesam contra ele não são verdadeiras.”

Na denúncia do Ministério Público Federal, aceita pelo juiz Sérgio Moro, os investigadores afirmam que João Vaccari participou de reuniões com o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, nas quais eram acertados os valores transferidos ao PT por meio de doações legais. Segundo o MPF, foram feitas 24 doações de R$ 4,26 milhões.

Ao abrir a ação penal, Moro anunciou que “há prova documental do repasse de parte da propina em doações eleitorais registradas ao Partido dos Trabalhadores, o que teria sido feito por solicitação de Duque e de Vaccari”.

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