Relator de sabatina de Janot espera questionamentos sobre papel das instituições em meio a escândalos

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2015 09h59
Wilson Dias/Agência Brasil senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES)

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que participará da sabatina do procurador-geral da República Rodrigo Janot nesta quarta-feira (26), elogiou o funcionamento das instituições, como o Ministério Público, no decorrer da Operação Lava Jato. “Se há algo de positivo nessa conjuntura que o País está atravessando, é o funcionamento de nossas instituições”, disse Ferraço em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

Ferraço é titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e foi o escolhido para apresentar o relatório de recondução de Janot ao cargo de procurador-geral. Como relator, ele avalia que “o dr. Rodrigo Janot preencheu todas as premissas” para ser indicado.

O senador avalia, no entanto, que Janot será arguido sobre “questões relevantes que dizem respeito a essa conjuntura que o País está vivendo, à tarefa e importância estratégica de nossas instituições, como o MPF, a Polícia Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal de Contas da União, em face das muitas denúncias que relacionam partidos políticos, pessoas com mandatos, envolvimentos que estão relacionados a escândalos sem precedentes na história do Brasil, como é o caso dessa apropriação que foi feita por parte da Petrobras para fortalecimento de projetos pessoais e enriquecimento ilícito”.

Sobre a sabatina de Janot, que deve ser reconduzido ao cargo máximo do MPF, Ferraço avalia que “o ambiente (do Senado) me parece ser bastante civilizado, mas questões serão colocadas”, destacando os pontos acima. “As sabatinas há muito tempo deixaram de ser uma ação entre amigos”, destacou também o senador.

Ele ressaltou que Janot deve ser questionado frente ao “desafio do Ministério Público” de se solidificar como instituição forte e democrática em meio a tantas denúncias importantes. Ferraço ainda opinou que o mensalão parece uma “marolinha” comparado ao petrolão.

Ouça a entrevista completa no áudio acima.

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