Rixa entre Cunha e Dilma não pode alterar agenda, diz senador do PDMB

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2015 13h05
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 14-03-2011, 13h00: O senador Ricardo Ferraço, autor do pedido da sessão especial, discursa no plenário do Senado Federal, em Brasília (DF), durante sessão especial destinada a comemorar o 90º aniversário de fundação do jornal Folha de S.Paulo. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress, PODER) Sérgio Lima/Folhapress Ricardo Ferraço

O senador peemedebista Ricardo Ferraço (ES) classifica o embate entre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a presidente Dilma Rousseff como “crise pessoal”. “Os problemas pessoais não podem alterar a necessidade daquilo que precisamos continuar fazendo, que é adotar as medidas que possam dotar o Brasil de meios e formas para mudar aquilo que não está indo bem”, diz em entrevista exclusiva à Jovem Pan neste domingo (19).

Na última sexta-feira (17), o deputado anunciou o rompimento oficial com o PT depois de seu nome reaparecer no depoimento do empresário Júlio Camargo como receptor de US$5 milhões no esquema de desvio de recursos da Petrobras. Cunha afirma que o ato é uma manobra de vingança pelas derrotas que o governo vem sofrendo da Câmara.

No entanto, Ferraço julga o afastamento como tardio e necessário. “[O PMDB]Já deveria ter saído dessa aliança há muito tempo porque a orientação política e econômica do projeto liderado pelo PT se esgotou e foi um equívoco o PMBD ter se aliado”, critica.

Impeachment

O senador evita se posicionar contra ou a favor do afastamento da presidente Dilma, mas destaca que nesse momento de crise política, econômica e ética é fundamental que as instituições sejam independentes para a realização das investigações necessárias. “É fundamental que essas instituições possam justificar sua autonomia e cumprir suas tarefas”, afirma.

Para Ricardo Ferraço, os últimos anos são marcados pela irresponsabilidade com a administração pública. “O governo usou e abusou porque colocou acima de qualquer necessidade a reeleição da presidente Dilma e em razão disso desorganizou as contas públicas por completo”, conclui.

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