Rompimento de barragem seria “inadmissível”, diz presidente da Sabesp

  • Por Jovem Pan
  • 11/03/2016 15h31
Reprodução Represa Paiva Castro (Reprodução)

A forte chuva que atingiu São Paulo na noite desta quinta-feira (10) e manhã desta sexta (11) obrigou a Sabesp a abrir as comportas da barragem da represa Paiva Castro, em Mairiporã, por motivos de segurança.

Em entrevista à Jovem Pan, o presidente da empresa, Jerson Kelman, não minimizou a tragédia ocorrida em municípios da Grande São Paulo, mas atribuiu à represa a menor gravidade dos fatos. “Embora essa tragédia seja grande, teria sido pior se não existisse a represa. Ela segurou a água (…) Se a barragem rompesse seria algo inadmissível. Todo mundo já sabe como é, tragédia de Mariana. Ninguém quer nada disso”, afirmou.

A Represa Paiva Castro, em Mairiporã, chegou na manhã desta sexta ao seu limite e teve que abrir as comportas sob risco de rompimento. “A Represa é a 5ª do Sistema Cantareira, tinha 35% de sua capacidade, que é o mínimo que pode operar. Hoje, às 06h tinha 100%. Tinha que abrir a comporta sob risco de rompimento da barragem, porque não tinha mais como segurar. Ela ajudou muito, porque segurou 65% da sua capacidade, mas foi um volume de água excepcional”, disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

Kelman reiterou que o nível do reservatório ficou “muito alto” e lembrou que os protocolos de segurança estabelecidos foram seguidos. “Quando o nível chega em certo ponto é preciso avisar a Defesa Civil, a Prefeitura e, mais um pouco, tem que abrir as comportas. Se não abrisse correria o risco da água passar por cima da barragem e seria um risco de catástrofe que não pode ser aceito”, explicou.

A vazão de água no reservatório registrou sua máxima à 01h desta sexta, a 240m³ por segundo. “Agora que o reservatório encheu, estamos soltando 50m³ por segundo”, afirmou Kelman.

“A situação de Franco da Rocha é muito ruim e seria muito pior se não existisse o reservatório, o Paiva Castro. Agora, pensando na população já sofrida de Franco da Rocha temos que evitar que o sofrimento seja aumentado”,c ompletou o presidente da Sabesp.

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