Rússia pede que EUA e UE não apoiem ataques de Kiev contra população civil

  • Por Agencia EFE
  • 29/07/2014 12h44

Moscou, 29 jul (EFE).- A Rússia pediu nesta terça-feira aos Estados Unidos e à União Europeia para cessar o apoio à ofensiva das forças governamentais ucranianas contra a população civil das regiões rebeldes do leste do país.

“A responsabilidade pelas mortes entre a população civil no leste da Ucrânia está também naqueles que apoiam as ações criminosas”, observou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores russo.

Moscou denunciou hoje a morte de 17 civis, entre eles três crianças, durante os bombardeios da artilharia ucraniana contra a cidade de Górlovka, uma das principais fortificações rebeldes na região de Donetsk.

“Nos dirigimos a nossos parceiros ocidentais com a chamada a que influam contra os desmandos das autoridades de Kiev. Ao receber uma nova ração de apoio dos EUA e a UE, Kiev lançou uma nova ofensiva contra as cidades pacíficas e a população civil do leste da Ucrânia”, censurou.

Por isso, acrescentou, “novamente, exigimos que Kiev cesse a guerra contra seu próprio povo”.

A Rússia denunciou “a destruição de uma escola devido ao impacto de um projétil” em Górlovka e “a queda de vários obuses no recinto do hospital da cidade” que prejudicaram a seção de maternidade.

“Estamos convencidos de que esses terríveis crimes não ficarão impunes”, asseverou.

A Chancelaria russa denunciou também o bombardeio da cidade de Donetsk, a principal praça forte dos insurgentes pró-Rússia, onde os obuses ucranianos atingiram alguns prédios residenciais, pátios e um parque central.

Os ataques obrigaram a evacuar os bairros atacados, a sede do governo separatista e a estação de trem de Donetsk, enquanto muitos residentes acudiram a resguardar-se nos refúgios subterrâneos.

Segundo informaram nesta manhã as autoridades locais, 30 pessoas, entre elas oito crianças, morreram nas últimas 48 horas em Górlovka sob fogo de artilharia.

O exército ucraniano responsabilizou desses ataques as milícias separatistas, que buscam com isso desprestigiar as forças governamentais e intimidar a população local.

A isso se somaram os cinco idosos que morreram quando se refugiavam dos bombardeios em um asilo no centro da cidade rebelde de Lugansk.

Segundo a ONU, o conflito que explodiu em meados de abril no leste da Ucrânia já matou cerca de 1.200 pessoas e deslocou mais de 100 mil, aos quais se somam 130 mil pessoas que buscaram refúgio na Rússia. EFE

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