Suspeita do atentado de Bangcoc defende sua inocência na Turquia

  • Por Agencia EFE
  • 01/09/2015 04h41

Bangcoc, 1 set (EFE).- A tailandesa supostamente envolvida no atentado com bomba de duas semanas atrás em Bangcoc negou ter qualquer relação com o caso na Turquia, onde vive com seu marido, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

A polícia conseguiu ontem uma ordem de detenção contra Wanna Suansan, de 26 anos, além de outra contra um estrangeiro cuja identidade e nacionalidade não foram reveladas.

A mulher, cujo nome muçulmano é Maisaroh, alugou do outro suspeito um apartamento em Minburi, um subúrbio ao leste da capital tailandesa, onde a polícia encontrou material para fabricar explosivos durante uma batida no fim de semana.

Após emitir a ordem de detenção, a polícia revistou uma casa na província de Phang Nga, no sul do país, onde mora sua família, que declarou que Wanna está na Turquia desde o início de julho e que esta negou qualquer relação com o caso.

O chefe de polícia, Somyot Pumpanmuang, confirmou hoje ter entrado em contato com a mulher e que esta se mostrou disposta a retornar à Tailândia para provar sua inocência, de acordo com a emissora pública “Thai PBS”.

As duas ordens de detenção de ontem se somam às outras duas emitidas anteriormente contra duas pessoas que foram gravadas por câmeras de segurança da região onde explodiram duas bombas nos dias 17 e 18 de agosto.

Um deles é o principal suspeito, um homem com camiseta amarela que é visto deixando uma mochila no templo de Erawan momentos antes da explosão que deixou 20 mortos e mais de cem feridos.

O quarto é outro homem que aparece nas imagens lançando outro pacote no rio, justo ao lado de um estacionamento de barcos onde no dia seguinte explodiu outro artefato sem causar feridos.

Segundo o jornal “Bangcoc Post”, que cita fontes policiais, ambos suspeitos teriam fugido ao Camboja, cujas autoridades foram alertadas pela Tailândia.

Até o momento apenas uma pessoa foi detida por sua suposta relação com o atentado.

Trata-se de um estrangeiro de 28 anos detido no sábado durante uma batida em um apartamento no leste da cidade onde a polícia encontrou material para fabricar explosivos, bolas metálicas como as da bomba do atentado e dezenas de passaportes turcos falsos.

As autoridades não confirmaram a nacionalidade do detido, que continua sendo interrogado em uma base militar e que inicialmente negou ter qualquer relação com o caso.

O porta-voz da junta militar, Winthai Suvaree, garantiu que o resultado deste interrogatório foi “muito benéfico” e que levará a novas detenções.

Winthai também disse que a investigação avança a partir de depoimentos de testemunhas e provas legistas, mas indicou que só divulgará informações que tenham sido confirmadas.

Múltiplas declarações confusas e contraditórias por parte da polícia e da junta militar marcaram a investigação e, duas semanas depois, ainda não há uma ideia clara da autoria e dos motivos por trás do atentado, que não foi reivindicado por nenhum grupo. EFE

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