Acusação contra Obama é grave e deve ser investigada

  • Por Carlos Andreazza/Jovem Pan
  • 07/03/2017 08h13
EFE Trump e Obama

Não. Donald Trump não saiu simplesmente atirando em Barack Obama no Twitter. Não. Ele pediu – atenção – que o Congresso dos EUA investigue supostos grampos armados contra si durante a campanha eleitoral de 2016. Não é pouca coisa. O que está posto é que, num contexto em que a equipe do candidato republicano era acusada de ter relações obscuras com o governo russo, membros do Partido Democrata, gente de Obama, teriam se valido de instrumentos de Estado para, através de escutas telefônicas, tentar encontrar conversas entre assessores de Trump e os russos. Repito: não é pouca coisa. E tudo tem de ser investigado mesmo.

Aquilo não é o Brasil. Ninguém ali engaja o Parlamento assim se algo não houver. A acusação contra Obama é grave. Precisa ser investigada. Não basta que os democratas a neguem. E entre os democratas eu incluo o senhor James Comey, diretor do FBI, que ainda no sábado bateu pezinho para também negar a denúncia. Note o ouvinte que ele falava por si. Não pelo FBI. Comey então passou a exigir que o Departamento de Justiça dos EUA rechaçasse publicamente a afirmação de Trump. Até agora, porém, nada. O departamento não se manifestou – e o motivo é simples: a questão é séria e nem todo mundo é torcedor. Lembre-se também, ouvinte, já que falei em torcida, que James Comey é o mesmo que se apressou em proteger Hillary Clinton, na mesma campanha de 2016, de acusações gravíssimas – jamais apuradas.

Lembre-se também de que foi a mesma administração de Obama que, segundo o Wikileaks, grampeou o governo brasileiro em 2013, inclusive o escritório da presidente Dilma Rousseff. Por que não o faria contra Donald Trump numa disputa por manter o poder?

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.