Tudo é explosivo no hospício nuclear da Coreia do Norte

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan
  • 14/04/2017 07h05
KOR12 - PYONGYANG (COREA DEL NORTE), 30/5/2016.- Fotografía de archivo del 10 de octubre de 2015 suministrada por la Agencia Central de Noticias Norcoreana (KCNA) de misiles balísticos intercontinentales KN-08 exhibidos durante un desfile militar en el 70 aniversario de la fundación del Partido de los Trabajadores de Corea en Pyongyang (Corea del Norte). Según reportes Corea del Norte no tuvo éxito en el lanzamiento de un misil balístico de rango medio el 31 de mayo de 2016, según una fuente militar de Seúl. EFE/KCNA / ARCHIVO / PROHIBIDO SU USO EN COREA DEL SUR / SOLO USO EDITORIAL / NO VENTAS EFE Coréia do Norte

Tudo é explosivo no assunto norte-coreano. Naquele hospício nuclear, este sábado, 15 de abril, é um dia especial: data de nascimento de Kim Il Sung, fundador do país, que entre seus atributos é uma monarquia comunista, pois no poder está o neto Kim Jong-un, um degenerado.

Por lá, as coisas pioram de geração a geração no comando cruel, caprichoso e catastrófico. Os fogos de artifício da celebração do aniversário do vovô poderão ser muito especiais: um teste nuclear.

Isto quando uma armada norte-americana se dirige para a região e o presidente Donald Trump está ouriçado depois do sucesso que foi o lançamento de mísseis contra a Síria por seu uso de armas químicas contra civis. Aliás, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe acaba de advertir que os norte-coreanos talvez já tenha a capacidade de colocar gás sarin nos seus mísseis.

Como o assunto norte-coreano é uma loucura, vou dar uma guinada aloprada na minha conversa, embora ainda relacionada com os coreanos. Lá vai.

Por favor, prefeito João Doria, não mude o nome do meu bairro natal para Bom Retiro Little Seul. Ok, tudo bem o esforço para revitalizá-lo com o patrocínio de empresas sul-coreanas, mas o Bonra sempre deve ser Bom Retiro. Esta é a sua identidade, embora tudo seja fluido por lá. O Bom Retiro é um bairro de imigrantes, um bairro em trânsito dos italianos, dos judeus, dos coreanos e dos bolivianos. Ele pertence a uma babel.

Eu sempre cruzei as fronteiras dentro do bairro. Neto de imigrantes judeus, eu cresci na rua Prates em frente ao Jardim da Luz, no edifício Alaska. Ia jogar bola no colégio católico Dom Bosco ou comer pizza na Montenero nas bandas italianas do bairro. Isto faz tempo. Recentemente fui arrastado por amigos para uma sauna num hotel de coreanos quase do lado do Alaska.

Está vendo, prefeito, o Bom Retiro é de todos nós, não é Little Seul, Little Italy ou Nova Jerusalém. É o Bonra. A Montenero fechou e o Buraco da Sara foi promovido a bistrô. Mas, prefeito, aproveite para levar empresários sul-coreanos para comer uma bela pizza ou quitutes judaicas em algum lugar do nosso bairro.

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