É inevitável que Alckmin cresça; Ciro já era

  • Por Carlos Andreazza/Jovem Pan
  • 20/07/2018 08h29 - Atualizado em 20/07/2018 09h38
MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO A rigor, aquilo que Alckmin poderia fazer para entrar no jogo está feito

​Com o apoio do tal blocão, Geraldo Alckmin – candidato oficial do establishment – terá reunido a força máxima para enfrentar seu adversário por uma vaga no segundo turno: Jair Bolsonaro. A chance de Alckmin ir a algum lugar sempre esteve em radicalizar sua condição de representante do sistema. Foi o que aconteceu. É inevitável que cresça, impulsionado pela força da máquina. A ver apenas se com a intensidade necessária para superar o deputado. Ao atrair esse centrão, encorpado na última hora pelo PR, o ex-governador de São Paulo não apenas se tornou depositário de imensa capilaridade partidária, mas tirou de Bolsonaro a possibilidade de uma aliança, com o PR, que lhe daria 45 segundos a mais de propaganda televisiva e representaria um salto competitivo para o capitão. A rigor, aquilo que Alckmin poderia fazer para entrar no jogo está feito. E feito com tanque cheio, embora dessa turma convenha esperar formalização antes de dar as cartas por distribuídas.

E Ciro Gomes? Já era. Esteve perto – ou acreditou haver estado perto – de ter tudo, afastou-se da base à esquerda, e agora é provável que saia sem nada, minguando antes mesmo de o candidato petista escolhido por Lula vir para enterrá-lo. Ou alguém acha que o PSB, diante de Ciro abandonado, podendo optar pela neutralidade, embarcará na canoa isolada de um derrotado?

É o funil, ouvinte. A imposição do mundo real. Pode tardar, mas não falta.

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