Campanha “cadê as provas?”, lançada por petistas, foi mais um tiro no pé

  • Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan
  • 22/01/2018 09h06 - Atualizado em 22/01/2018 09h21
Wilson Dias /Agência Brasil Wilson Dias /Agência Brasil Em defesa de Lula, os petistas lançaram a campanha “Cadê as provas?”, mas Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad já tentam corrigi-la em suas declarações à imprensa

Em defesa de Lula, os petistas lançaram a campanha “Cadê as provas?”, mas Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad já tentam corrigi-la em suas declarações à imprensa.

A presidente do PT havia dito ao Estadão que o TRF-4 “não tem como condenar o Lula, por absoluta ausência de provas. Aliás, ausência de crime.”

Neste domingo, foi a vez de Haddad: “vou um pouco além dos juristas que têm se manifestado a favor do Lula e dizem que não há prova no processo. Na minha opinião, não há nem crime”.

É um pouco tarde para se dar conta de que cobrar provas não é o mesmo que negar o cometimento dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A campanha petista foi mais um tiro no pé.

O Estadão ainda perguntou a Haddad se, em 2014, a campanha do PT falou a verdade.

A resposta é um primor de embromação, com alegações genéricas: “reputo a campanha de 2014 uma das piores, se não a pior do período democrático. Ali estavam os ingredientes todos da crise que foi retroalimentada pelas forças políticas sem exceção e que culminou com uma crise econômica potencializada que nos colocou nessa situação da qual precisamos sair. A campanha de 2014 foi muito ruim. O pós-eleição não melhorou, talvez tenha até piorado a situação, e o comportamento das forças políticas em geral foi o pior possível”.

O PT mentiu ou não mentiu? Responda a pergunta, Haddad. E, a propósito: por que um partido incapaz de admitir o estelionato eleitoral mais evidente, admitiria corrupção passiva e lavagem de dinheiro de seu comandante?

Não há mesmo motivo algum para acreditar nessa gente.

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