Esquerda obviamente vai continuar chiando por conta da intervenção federal no RJ

  • Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan
  • 20/02/2018 11h14
Beto Barata/PR Essa gente mantém até hoje a retórica da luta armada contra o regime militar e encara qualquer atuação do Exército como repressão às liberdades civis

A Câmara dos Deputados aprovou por 370 votos a 42, com uma abstenção, o decreto do governo de Michel Temer que determina a intervenção federal no Rio de Janeiro. O texto agora vai ao Senado e deve ser votado hoje, terça-feira 20.

A sessão só acabou depois das 2 horas da manhã principalmente por causa das tentativas de obstrução da oposição.

Membros de PT, PSOL e PCdoB votaram contra o decreto, acusando motivações políticas do governo, que obviamente existem, tanto para encobrir o fiasco da reforma da Previdência quanto para se cacifar para a eleição, mas também fazendo demagogia premonitória em alegada defesa dos pobres, como se os pobres fossem ser vítimas das Forças Armadas, e não os bandidos que os fazem diariamente de reféns.

A deputada petista Maria do Rosário chamou de “absurdo” os mandados coletivos, mas o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esclareceu que não haverá mandado coletivo de prisão na intervenção. Que, na verdade, o mandado coletivo é de busca e apreensão, feito não pelas Forças Armadas, mas pelas polícias, somente a partir de uma ordem judicial e acompanhado pelo Ministério Público.

Vale lembrar que o PT de Rosário ficou 14 anos no poder e nada fez em matéria de Segurança Pública. Nada fez para coibir o tráfico de armas e drogas nas fronteiras brasileiras e, para se defender, atribuía a responsabilidade aos estados, sendo que os estados governados pelo PT também têm altos índices de violência, como o Ceará de Camilo Santana, onde a taxa de homicídios bateu o recorde em 2017 e agora em janeiro, quando houve ainda a maior chacina da história do estado, com 14 mortos.

O PSOL de Marcelo Freixo, que tem 10 seguranças à sua disposição, foi ao STF tentar suspender a votação da intervenção na Câmara alegando falta de justificativa para a medida, mas o ministro Celso de Mello negou o pedido.

Pode-se e deve-se criticar o prefeito Marcelo Crivella por seus erros, mas ainda bem que o povo da cidade do Rio, que não dispõe de seguranças, não elegeu Freixo, rival de Crivella no segundo turno de 2016.

Já a deputada Laura Carneiro, do PMDB do Rio, relatora da matéria da intervenção, fez sugestões ao texto, que devem ser analisadas pelo Executivo. A principal delas foi a de dar poder de polícia aos militares e garantir que sejam julgados somente pela Justiça Militar e não pela Justiça comum caso cometam alguma irregularidade durante as ações.

Com isso, a relatora atende ao desejo de representantes do Exército, que cobravam segurança jurídica para a atuação de suas tropas.

Apesar de pesquisas já mostrarem que o povo é a favor das Forças Armadas nas ruas, a esquerda obviamente vai continuar chiando.

Essa gente mantém até hoje a retórica da luta armada contra o regime militar e encara qualquer atuação do Exército como repressão às liberdades civis.

Já passou da hora, no entanto, de reprimir o crime organizado e mandar uma banana para quem descarada ou dissimuladamente tenta blindá-lo.

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