Felipe Moura Brasil: Mais médicos brasileiros, menos Cuba e PT

  • Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan
  • 26/11/2018 08h04 - Atualizado em 26/11/2018 08h37
Luciano Lanes / PMPA Luciano Lanes / PMPA Além de abrir a caixa-preta do BNDES, como quer Jair Bolsonaro, é preciso que as autoridades investiguem o PT por mais esse esquemão, que também tirou empregos de milhares de brasileiros

Estou de volta à Jovem Pan, após miniférias de uma única semana.

Antes dela, comentei aqui que Cuba deu calote no BNDES pelo financiamento das obras do Porto de Mariel mesmo tendo embolsado 75% do valor pago pelo governo brasileiro por cubanos do programa ‘Mais Médicos’.

Durante minhas miniférias, telegramas da embaixada brasileira em Cuba, revelados pela Folha, comprovaram que Cuba ofereceu o ‘Mais Médicos’ ao governo de Dilma Rousseff justamente para quitar suas dívidas relativas ao Porto de Mariel.

Ou seja: o Brasil pagou Cuba pelos profissionais de saúde cubanos também, teoricamente, para que Cuba devolvesse ao Brasil o valor correspondente ao do empréstimo feito pelo BNDES para a obra da Odebrecht na ilha. E mesmo assim a ditadura comunista cubana, amiga do PT, deu calote no banco estatal brasileiro.

Além disso, segundo o Ministério da Saúde, 96,6% das 8.517 vagas abertas pela saída dos cubanos do ‘Mais Médicos’ já foram preenchidas. Ou seja: 8.230 profissionais dos cerca de 30 mil que se inscreveram já estão designados para os municípios em que irão atuar e deverão entregar os documentos exigidos até o dia 14 de dezembro, uma semana após o fim do prazo de inscrição, no dia 7.

Embora a disposição dos profissionais ainda precise ser confirmada no momento de apresentação às vagas e depois na permanência no posto, a imensa procura ao edital já reforça que era um embuste a alegação de que o Brasil precisava dos recursos humanos de Cuba para oferecer assistência médica à população brasileira.

Um embuste explorado pelos governos do PT, e legitimado por amplos setores da imprensa, para transferir à ditadura comunista amiga do partido mais de 7 bilhões de reais – valor maior que o prejuízo oficial da Petrobras com o esquema de corrupção na estatal.

É a velha tática de criar ou superdimensionar um problema para então oferecer uma solução errada que, no entanto, atende a interesses políticos e financeiros escusos.

Tanto que, para não precisar submeter o acordo entre os dois países ao Congresso brasileiro, o embaixador José Eduardo Felício sugeriu um “contrato comercial de compra de serviços médicos” através da Opas – Organização Pan Americana da Saúde.

Como a sede da organização é em Washington, o então ministro Alexandre Padilha propôs que as transferências fossem feitas diretamente entre os escritórios da Opas no Brasil e em Cuba, sem passar pelos Estados Unidos.

Nos telegramas, fica escancarada a preocupação do governo do PT em tratar do caso secretamente para evitar a reação da comunidade médica brasileira.

Além de abrir a caixa-preta do BNDES, como quer Jair Bolsonaro, é preciso que as autoridades investiguem o PT por mais esse esquemão, que também tirou empregos de milhares de brasileiros, e esclareçam se o dinheiro dos pagadores de impostos nacionais que financiou a ditadura cubana ficou mesmo por lá, ou ainda foi usado em campanhas eleitorais no nosso país e em luxos pessoais de políticos criminosos.

É bom estar de volta para colocar os pingos nos is.

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