Dilma cortou R$ 206 milhões da TV Globo em 2015

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2016 10h38
Reprodução Dilma em entrevista à Globo

Dilma Rousseff cortou R$ 206 milhões da TV Globo em 2015. Além disso, a Record recebeu R$ 127 milhões a mais que o SBT no ano passado, embora as duas emissoras tenham audiência muito parecida.

Os dados foram obtidos pelo portal UOL por meio da Lei de Acesso à Informação e divulgados no blog do comentarista político Jovem Pan Fernando Rodrigues.

Os números mostram como se comportou Dilma nessa reta final de 2015, quando as pessoas ligadas à presidente achavam que havia um complô de fato de certos meios de comunicação para tentar derrubá-la do poder.

A Rede Globo de Televisão e suas cinco emissoras do Grupo Globo receberam verbas de publicidade federal em 2015 no valor de R$ 206 milhões menores que em 2014.

Foram R$ 396,5 milhões em 2015 e R$ 602,8 milhões em 2014. O corte à Globo representou 34,9% da queda nos repasses federais do governo no ano passado – R$ 591,5 milhões a menos no total a vários veículos de mídia.

Mesmo para a TV Globo, que é o veículo de comunicação mais poderoso do Brasil, duas centenas de milhões de reais é muito dinheiro.

Foi uma decisão política do Palácio do Planalto.

Outros dados interessantes (SBT x Record)

TVs são os meios que mais recebem verbas publicitárias. Depois da TV Globo, TV Record e SBT têm as maiores audiências e muito semelhantes. Ambas registraram média de 5 pontos de audiência no Ibope em 2015.

Todas as emissoras de TV tiveram verbas federais cortadas, mas a Record, ligada ao bispo Edi Macedo e à Igreja Universal do Reino de Deus, teve a menor perda (de 14%).

A Record recebeu R$ 127 milhões a mais que o SBT em 2015. Ou seja, embora a audiência das duas seja muito parecida, a diferença na verba publicitária foi enorme.

Silvio Santos e Edi Macedo (Reprodução)

A empresa de Silvio Santos recebeu 115,4 milhões. Já a TV do bispo Edi Macedo, da Igreja Universal, aportou 242,9 milhões de publicidade estatal sob Dilma no ano passado.

Duas emissoras de audiência idêntica foram tratadas de maneira muito diferente.

Havia a expectativa, por parte do Palácio do Planalto, que houvesse um tratamento mais favorável ao governo Dilma pela TV Record. Isso era muito ouvido em Brasília no ano passado.

Outro capítulo

A gente vê como o dinheiro de publicidade foi usado pelo governo federal para tentar fazer política, e não simplesmente divulgar informações de interesse público, a finalidade oficial das propagandas estatais.

Quase sempre as propagandas do governo não têm nada a ver com utilidade pública. São apenas peças para fazer proselitismo do governo em voga.

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