Joseval Peixoto: Governos precisam municiar melhor a corporação heroica do Corpo de Bombeiros

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2018 10h28
Daniel Guimarães/ A2img Daniel Guimarães/ A2img Quando, o perigo se aproxima de sua colmeia, as abelhas atacam. O homem foge. O bombeiro é uma exceção

O Corpo de Bombeiros de São Paulo lança nesta quinta-feira (29), no salão nobre da Assembleia Legislativa, o livro que conta a história dos 100 anos da corporação. O título da obra é singelamente: “Éramos vinte”.

Tudo começou em 1859, quando São Paulo era uma vila e um incêndio destruiu completamente um armazém na Rua do Rosário, hoje a famosa XV de Novembro.

A seguir em 1927, o incêndio do Cine Oberdan, que deixou 30 crianças mortas. Depois a estação da Luz em 1946 e a tragédia do Clube Elite, em 1953, concluindo com os dois grandes incêndios do Andraus e do Joelma, em 1972 e 1974.

O homem é um ser gregário. Vive em comunidades. Como as abelhas e as formigas. Todavia, há uma brutal diferença de atitudes entre o ser humano e os insetos. Quando, o perigo se aproxima de sua colmeia, as abelhas atacam. O homem foge.

O bombeiro é uma exceção. Ele enfrenta a ameaça, com o risco da própria vida.

A gloriosa corporação começou lá atrás, há 100 anos, apenas com um carro-pipa, mas continua defasada de equipamentos, diante da explosão de habitantes, das grandes cidades.

Os governos precisam municiar melhor essas corporações heroicas e determinadas.

Enquanto a gente foge, os bombeiros continuam indo lá dentro do fogo e atacar as labaredas imensas que os envolvem. Sem medo do perigo. Como as abelhas e as formigas.

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