Joseval Peixoto: Toffoli demonstra serenidade para ocupar Presidência do STF

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2018 11h55
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil O Brasil precisa disso nesses dias convulsionados e repleto de desesperança, às portas de nova eleição presidencial

Em entrevista de duas páginas inteiras estampadas nesta segunda-feira (24) pela Folha de S. Paulo, o juiz Dias Toffoli demonstrou uma absoluta serenidade para ocupar o cargo de presidente do STF.

O Brasil precisa disso nesses dias convulsionados e repleto de desesperança, às portas de nova eleição presidencial.

Toffoli foi questionado de todo lado e respondeu a tudo com rara sabedoria. Sábio ao falar do indulto de Lula. As jornalistas Leticia Casado e Monica Bergamo queriam saber se o indulto a Lula poderia ser vetado pelo STF.

Resposta: o indulto tem caráter geral. Não cabe indulto a uma pessoa específica. O ministro foi sucinto. Não explicou que o perdão a uma pessoa só não é indulto, mas o instituto da graça, também regulado pelo Código Penal.

Perguntado sobre a crise, respondeu: “o batismo das urnas legitima os poderes e terá o condão de tranquilizar o país. Qualquer que seja o resultado, será respeitado, inclusive pelos militares”.

E sobre o fato de ter sido ligado ao PT, ao tempo de advogado, foi incisivo: “os juízes da Corte Suprema são vitalícios, exatamente para terem independência e autonomia. Não estão subordinados ao passado”.

Resposta precisa. Isso é o que o povo espera de um juiz. E o povo espera tudo de seus juízes.

A história narra a resposta do moleiro de Sans Souci a Frederico II, que queria, a todo custo, comprar o seu imóvel para estender seu majestoso Palácio do Potsdan, onde passava as férias, no século XIII.

O humilde súdito respondeu ao déspota da Prússia: “não vendo. O moinho é herança de meus pais e ainda há juízes em Berlim”.

https://youtu.be/GygYDpC4awQ

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