Marco Antonio Villa: Moro na Justiça é surpresa e ele terá instrumentos para combater corrupção

  • Por Jovem Pan
  • 03/11/2018 12h00 - Atualizado em 04/11/2018 17h28
Jovem Pan Comentarista disse que mudança em embaixada em Israel pode gerar retaliações

A primeira semana após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência do Brasil evoluiu “de forma positiva”, na avaliação de Marco Antonio Villa. A formação do ministério está avançando “com surpresas”. O último a aceitar convite foi o juiz Sério Moro, que vai comandar a pasta da Justiça.

“Sérgio Moro é a grande figura brasileira do século 21, que enfrentou e venceu um combate terrível e diuturno contra a corrupção”, disse Villa ao fazer balanço da semana no Jornal da Manhã deste sábado (3). Com a nomeação, Moro deixará a Operação Lava Jato.

A pasta da Justiça integrará a de Segurança Pública, de Transparência, a Controladoria-Geral da União e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). “Serão instrumentos fundamentais para combater dois males do Brasil: corrupção e crime organizado.”

De acordo com o professor, o “grande desafio” de Bolsonaro na próxima semana será “articular nomes para a Agricultura e o Meio Ambiente”. Os dois ministérios, que seriam fundidos, devem ficar separados. “Essa contradição [entre as pastas] não existe, tem que trabalhar de forma coordenada.”

“O ideal seria mantê-los separados. Tendo, claro, no Meio Ambiente, alguém reconhecido pela comunidade científica brasileira e internacional e que tenha um diálogo efetivo com o agronegócio”, ressaltou Villa. O mesmo vale para o ministro da Agricultura.

Mudança em embaixada

Sobre a mudança anunciada por Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, Villa acredita que a atitude “não é recomendável”. Alvo de disputas regionais desde 1947, o posicionamento “não interessa à política externa brasileira”.

“Temos desafios nas relações exteriores aqui na América do Sul” e “há possibilidade de retaliação” por parte dos países envolvidos na disputa que envolve questões também religiosas. “É preciso construir uma política externa que defenda os interesses nacionais.”

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