Marco Antonio Villa: Situação de Flávio Bolsonaro se agrava a cada dia

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2019 09h10 - Atualizado em 19/01/2019 10h54
Jose Lucena/Estadão Conteúdo Senador eleito pediu para o STF parar investigações do MP do Rio de Janeiro

Flávio Bolsonaro recebeu em um mês 48 depósitos em dinheiro, no total de R$ 96 mil, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) obtido pela TV Globo. As transações em espécie ocorreram entre junho e julho de 2017 e foram concentradas no caixas eletrônicos dentro da Assembleia Legistativa do Rio (Alerj).

O professor e comentarista da Jovem Pan Marco Antonio Villa avalia que a situação é grave para o senador eleito. “São 48 depósitos de 2 mil reais em espaço de tempo muito curto. É uma situação que se agrava a cada dia. Quanto mais demora, mais será [grave] não para Fabrício Queiroz, nem para o senador eleito, mas para o presidente Jair Bolsonaro.”

Fabrício Queiroz é ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, e estava sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro até a defesa do senador eleito alegar foro privilegiado e pedir no Supremo Tribunal Federal a suspensão das apurações, o que foi concedido esta semana pelo ministro de plantão, Luiz Fux.

“O STF vai derrubar [a liminar de Fux], porque os fatos aconteceram quando ele era deputado estadual da Alerj. Os fatos aconteceram antes da diplomação. Não cabe recorrer e entra em contradição com o discurso que o pai fez e que ele também fez.” Flávio e Jair Bolsonaro há tempos vêm se declarando contra o foro especial.

“Essa questão pode gerar crise política na reabertura do Congresso, no momento em que o governo está encaminhando reformas e propostas no campo legal. Que venha diga a verdade, senão a crise vai cair no colo do presidente no momento em que o País precisa de tranquilidade política para retomar o crescimento e atacar o câncer da corrupção.”

Ainda segundo Villa, quando mais rápido o presidente da República intervir na situação do filho para resolver essa questão, melhor será para ele e também para o Brasil. “Ter filho na política não é um bônus, é um ônus. Isso está sendo mostrado de uma forma muito concreta”, afirmou o professor, no Jornal da Manhã deste sábado (19).

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