Mudanças trabalhistas eram essenciais e fere de morte peleguismo sindical

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2017 11h15
Edson Lopes Jr/A2AD Edson Lopes Jr/A2AD Villa: A CLT é da década de 40, pra ser preciso de 1943, e olha pro passado, pra década de 30, em um momento em que o processo de industrialização e de relações do trabalho eram radicalmente diferentes do que são hoje no século XXI

A reforma trabalhista entrou em vigor nesta sábado, após o presidente Michel Temer sancionar a mudança em julho deste ano. Para o comentarista da Jovem Pan Marco Antonio Villa, a ação era necessária, já que a legislação brasileira era do século passado.

“É um outro mundo. A CLT é da década de 40, pra ser preciso de 1943, e olha pro passado, pra década de 30, em um momento em que o processo de industrialização e de relações do trabalho eram radicalmente diferentes do que são hoje no século XXI. Portanto, as mudanças são absolutamente essenciais. Claro que, sempre quando tem uma mudança, cria-se uma situação de insegurança. E, muitas vezes, algumas análises feitas no calor da hora a história vai mostrar que estava errado”, afirmou.

O professor ainda citou um item específico da reforma trabalhista que considera fundamental, que também se trata de uma questão política, que é o fim do imposto sindical. Na opinião de Villa, a ação “fere de morte o peleguismo sindical”. Ou seja, os dirigentes traidores que vivem de um dia de salário do trabalhador. Que não fazem nada, não mobiliza a categoria, não vive os problemas e não lutam por ela.

“Acabando com o imposto sindical e com outras formas correlatas que eles vão inventar, os pelegos, você faz com que os sindicatos, pra ser representativo, primeiro: você se filia livremente ao sindicato. Segundo: o sindicato tem que mostrar trabalho. Então a reforma, nesse sentido, é absolutamente positiva”, disse.

Sobre o novo diretor da Polícia Federal, Fernando Segóvia, que afirmou que vai ampliar as operações conduzidas pela corporação, como a operação Lava Jato. Questionado se acredita ou não nas palavras do novo nome da diretoria da PF, Villa ironizou.

“Eu acredito na mula sem cabeça, Saci Pererê (…) e no diretor da Polícia Federal. É uma balela. Nós não somos trouxas. (…) Alguém que é indicado por essa dupla (Padilha e Sarney)…meu Deus do céu, né? Não pode ser boa pessoa. Então, a grande questão é que o Brasil mudou. A Polícia Federal tem um papel fundamental na história recente do Brasil. As suas operações levaram a ferir, não ainda de morte como seria adequado, a estrutura corrupta do poder político no Brasil. Mas atingiu. (…) É muito preocupante a nomeação desse senhor para dirigir a Polícia Federal”, avaliou.

Mas o professor ainda deu um voto de confiança para Segóvia. Villa afirmou que a prática é o único critério de verdade e disse que a “dupla demoníaca” pode ter sido usada apenas para chegar à direção da corporação e sua ação pode ser diferente. Porém, a princípio, ele gera uma tensão “nos brasileiros de bem” por causa dos dois responsáveis por sua indicação.

Confira no áudio acima o comentário completo de Marco Antonio Villa, que ainda abordou a situação interna do PSDB.

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