Constantino: Protestos de policiais não aconteceriam se tivéssemos modelo de capitalização

  • Por Jovem Pan
  • 04/07/2019 10h41 - Atualizado em 04/07/2019 11h33
Agência Brasil Bolsonaro cedeu às pressões dos policiais por regras mais flexíveis na aposentadoria, mas relator não deixou

A votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados foi mais uma vez adiada nesta quarta-feira (3), após um dia conturbado com muitos debates em torno da questão da aposentadoria de policiais, que pediram por regras mais flexíveis. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tentou fechar um acordo com a categoria, mas não conseguiu: tanto o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), como o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), eram contra, além da própria equipe econômica do governo.

“O grande problema por trás disso tudo é o modelo de repartição, onde você vai depositando todo ano, todo mês, recursos num bolão coletivo, como se fosse um caldeirão. Aí, depois de anos, vai tirando para a aposentadoria sem nenhum elo com aquilo que você, de fato, poupou durante a sua vida de trabalho. Então é um modelo coletivista, que faz com que os lobbys se juntem, as corporações se unam e pressionem por privilégios, para manter suas categorias como especiais. E aí, o próprio lobby corporativista dos policiais, que é ligado ao Bolsonarismo, faz essa pressão e o presidente cede. O relator felizmente não cedeu, mas é importante lembrar que tudo deriva desse modelo de repartição. Se fosse capitalização individual, como proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nada disso aconteceria, já que as aposentadorias seriam relacionadas ao que cada um economizou e poupou individualmente”, disse Constantino.

 

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