Rodrigo Constantino: Decisão de Marco Aurélio é um escárnio

  • Por Jovem Pan
  • 19/12/2018 16h50 - Atualizado em 19/12/2018 16h51
Divulgação/STF Divulgação/STF Ministro mandou soltar condenados em segunda instância, nesta quarta

O comentarista da Jovem Pan Rodrigo Constantino afirmou na tarde desta quarta-feira (19) que é “um escárnio, uma palhaçada, uma brincadeira de muito mau gosto” a decisão de soltar condenados em segunda instância tomada em liminar pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello.

“Ele decide de forma monocrática uma decisão que não lhe cabe”, afirmou. A medida poderia beneficiar, entre outros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em janeiro na segunda instância da Operação Lava Jato, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Desde então, o petista está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR).

“Estão brincando com fogo, mas isso não vai ficar barato. A população brasileira despertou do sonambulismo da era lulo petista. Isso não pode ficar assim. Estão sendo mobilizadas pessoas para irem lá, na frente do STF, e em outros estados para pressionarem juízes [a derrubar a decisão]”, afirmou.

“A decisão é absurda, parece coordenada para soltar o Lula e para isso solta centenas de milhares de bandidos nas ruas. Para soltar o Lula, ele [Marco Aurélio] vai lá e ‘taca’ fogo no Brasil inteiro”, destacou Constantino, direto dos Estados Unidos. “Ele jogou uma ‘batata quente’ no colo do [presidente do STF, ministro Dias] Toffoli”.

“Eles [os ministros] envergonham a instituição do Supremo Tribunal“, disse ao indicar que a liminar era “totalmente descabida, já que há data marcada para reavaliação do entendimento atual da Corte, hoje favorável à execução da pena após julgamento em 2ª instância. “Cada um desses ministros se acha o próprio STF, ele acha que fala sozinho em nome do STF.”

Para ele, “a turma está revoltada” e, agora, o STF “coloca os moderados numa sinuca-de-bico” porque é “difícil” defender uma instituição que “já deu tantos sinais de ignorar a Constituição Federal. “O tempo inteiro o Supremo [está] rasgando aquele documento que ele deveria estar preservando. É perigosíssimo isso.”

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