Rodrigo Constantino: No afã de condenar Bolsonaro, esquerda vê no Hamas uma fonte legítima de crítica

  • Por Rodrigo Constantino/Jovem Pan
  • 03/04/2019 08h19
Antônio Cruz/Agência Brasil Qual o sentido de dar destaque para o que pensa uma organização criminosa sobre um encontro oficial entre governantes legitimamente eleitos?

“PCC condena visita de governador do Rio a São Paulo: grupo critica reunião entre governadores dos dois estados”. O que o leitor acharia de uma manchete dessas? Estranha, para dizer o mínimo, certo? Qual o sentido de dar destaque para o que pensa uma organização criminosa sobre um encontro oficial entre governantes legitimamente eleitos?

Pois foi justamente o que fez a mídia sobre a ida do presidente Bolsonaro a Israel.

O Hamas foi tratado como um grupo palestino legítimo, como uma espécie de movimento social que é visto como terrorista apenas pelos EUA e Israel.
Será que vão tratar o Comando Vermelho como “movimento social” também?

Nem a Autoridade Palestina, que já é um grupo com inclinação criminosa, fez alarde sobre a visita do presidente brasileiro a Israel. Os “jornalistas” precisaram se acorrer aos radicais terroristas do Hamas para encontrar uma condenação e justificar sua narrativa pré-fabricada e tosca.

O Egito, a Jordânia e a Arábia Saudita deploram o Hamas. O grupo terrorista já matou inúmeros inocentes, e poucas semanas atrás eliminou dezenas de opositores palestinos, sem qualquer pio da mídia nacional. É um grupo de marginais que tomou conta do território e mantém a população refém pelo medo, oferecendo alguns “serviços sociais” para manter o verniz de legitimidade. Exatamente como fazem os traficantes e milicianos das favelas cariocas!

Não se trata, portanto, de um “grupo palestino”, mas de uma organização terrorista, e não é uma questão de opinião, muito menos dos Estados Unidos e Israel apenas, e sim um fato.

A corte jurídica mais alta da União Europeia considera o Hamas um grupo terrorista e decidiu por manter 28 de seus líderes no topo da lista negra do terrorismo.

Como se pode ver, é um caso de FATOS, não de achismo ou subjetivismo. O Hamas é terrorista, ponto. Mas no afã de condenar Bolsonaro em tudo, a esquerda e boa parte da imprensa encontram até no Hamas uma fonte legítima de crítica. São posturas como esta que minam a credibilidade da mídia e alimentam a narrativa de Bolsonaro contra todo o jornalismo.

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