Bolsonaro protocola plano de Governo com liberalismo genérico

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2018 08h03
Wilson Dias/Agência Brasil Protocolar o plano de Governo é exigência da lei eleitoral, e o candidato cumpre a obrigação mostrando o que pretende

Jair Bolsonaro protocolou nesta semana um programa de Governo que é liberal nas linhas gerais, mas propositalmente vago, para que ele não tenha que se comprometer com temas espinhosos. Ele deixa de lado algo fundamental que é a reforma da Previdência.

Ele não conta como fará e nem se acha que a reforma dos funcionários públicos é essencial. Assim, ele não se compromete com os grupos que podem ter benefícios revistos, segundo a opinião quase consensual de economistas.

Bolsonaro vem de vários mandatos e desde o começo se mostrou contra privatizações, mas ele faz agora mudança de perspectiva, acena com redução da carga tribuária e defende a redução da máquina pública.

O candidato agora acena favorável ao mercado para mostrar que, se eleito, não deve ter o temor por parte dos economistas. Ele mostra que segue a cartilha de Paulo Guedes.

Liberalismo x Conservadorismo

É um “mix” que ele tem feito e mantém em seu plano de Governo, que é exposição geral de motivos com palavras de ordem.

No capítulo que se refere também a segurança pública, por exemplo, Bolsonaro conversa com seus eleitores já convertidos. Fala do porte de armas, contenção da violência nas fronteiras, educação livre de ideologias e nestes capítulos ele adota propostas conservadoras, que é algo que o deixa mais à vontade com seu próprio histórico.

Protocolar o plano de Governo é exigência da lei eleitoral, e o candidato cumpre a obrigação mostrando o que pretende.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.