Denúncia contra petistas tem motivo, mas é rasa em fundamentos

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2017 08h31
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado, sabatina Rodrigo Janot Monteiro de Barros, indicado para ser reconduzido ao cargo de procurador-geral da República (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil “Feita por alguém com pressa, que quer dar satisfação a todos os lados e não acusar apenas o PMDB, mas também o PT", diz Vera Magalhães

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta terça-feira (5) os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal pelo crime de organização criminosa. Além dos petistas, os ex-ministros Antonio Palocci Filho, Guido Mantega, Paulo Bernardo e Edinho Silva; a senadora Gleisi Hoffmann; e o ex-tesoureiro do PT João Vacari Neto também foram denunciados pelo mesmo crime.

No ímpeto de esvaziar a gaveta, Janot ofereceu uma denúncia que ocorria um inquérito desde 2015. “Feita por alguém com pressa, que quer dar satisfação a todos os lados e não acusar apenas o PMDB, mas também o PT. Ela não tem fundamentos. É rasa em fundamentos. Não que não haja motivos, mas ele faz acusações desde lá de trás e oferece denuncia por organização criminosa sem esmiuçar os fatos. É uma peça claramente feita às pressas”, diz Vera Magalhães.

Segundo a comentarista, a peça, se chegar ao Supremo, tem chances de cair pois não dá um único ato dessas pessoas que mostre atuação criminosa. “Parece mais uma peça frágil de um procurador-geral da República que se mostrou frágil, nada parecido com o Janot das flechas de bambu”.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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