Governo acerta contas na CCJ, mas erra no plenário e votação vai para agosto

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2017 08h28
EFE/Joédson Alves Presidente Michel Miguel Elias Temer Lulia analisa documento em Brasília

Após rejeitar o parecer pela continuidade da denúncia contra o presidente Michel Temer, a Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou um relatório substitutivo que sugere o arquivamento do processo. O parecer alternativo foi aceito por 41 votos a favor e 24 votos contra, além de uma abstenção. O texto do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que já tinha apresentado um voto em separado e foi designado como relator, contesta a acusação de que Temer teria cometido o crime de corrupção passiva.

A CCJ escolheu um novo relator, leu e votou o novo parecer contra a denúncia em pouco mais de uma hora. O texto seguirá para plenário.

Ainda nesta quinta-feira (13), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou que a votação contra Temer em plenário acontecerá no dia 02 de agosto, ou seja, após o recesso parlamentar.

Para a comentarista Vera Magalhães, o ideal para o Governo teria sido liquidar a votação antes das férias dos parlamentares.

“Eles acertaram nos números e contas na CCJ, mas erraram feio nas contas do plenário. Acharam que mandariam os deputados viajar e que com isso a oposição não conseguiria os 342 votos. Mas tantos foram viajar que a Câmara não teve quórum para iniciar a votação em plenário”, diz.

Até agosto, portanto, o presidente Michel Temer sofrerá com incertezas e corre risco de neste meio tempo ocorrerem novas delações como a do ex-deputado Eduardo Cunha, que já enviou perguntas ao peemedebista em processo que ele foi convocado como testemunha.

“Pode vir nova delação premiada que pode ser letal para o presidente, já que Cunha está em processo de negociação. No próprio prosseguimento da delação do doleiro Lucio Funaro, que afirmou que entregou malas de dinheiro a Geddel Vieira Lima. Seguindo esse depoimento, Temer pode ser implicado, já que Geddel foi seu ministro. Ainda tem o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deixa o cargo em setembro e quer entregar mais duas denúncias contra o presidente, derivadas da delação da JBS”, explica Vera Magalhães.

Confira o comentário completo:

 

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.