Vera: Ao adiar ida à Câmara, Moro evita contradições e espera se fortalecer com manifestações pró-Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 24/06/2019 08h04 - Atualizado em 24/06/2019 08h41
EFE/Hedeson Alves Moro deve falar com deputados apenas no segundo semestre

Apesar de ter sido pouco questionado durante audiência no Senado Federal na última quarta-feira (18), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, cancelou seu comparecimento à Câmara dos Deputados nesta semana.

Após nova divulgação de supostas conversas do ex-juiz federal, a postergação de sua ida à Câmara, que costuma ser um ambiente mais hostil e marcada por maiores tumultos, era esperada.

A estratégia de publicação à conta-gotas das conversas pelo site The Intercept Brasil e, agora, também pelo jornal Folha de S. Paulo, tem como objetivo tentar pegar o ministro em contradição. Assim, ele poderia perder a serenidade em uma eventual reunião com os deputados, e acabar protagonizando alguma cena como a do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ), em que foi chamado de “tchutchuca” e “tigrão”.

Para evitar incidentes como esse, Moro adotou a estratégia de se fortalecer antes de tomar os próximos passos. Assim, o ministro aguarda o ato em apoio à Operação Lava Jato, marcado para o próximo dia 30, acontecer. Ele também espera a provável divulgação de mais diálogos e de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o habeas corpus do ex-presidente Lula para, então, comparecer à Casa em uma situação mais favorável para si próprio.

A tendência é que o ex-juiz federal adie sua ida para, pelo menos, a primeira semana de julho, podendo acontecer só no segundo semestre.

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