Vera: Weintraub irá à Câmara em clima menos amigável e em dia de protestos

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2019 07h59
Marcos Corrêa/PR O ministro teve um convite transformado em convocação e vai falar sem que haja divisão que favoreça presença de governistas e deixe de fora os oposicionistas

O Governo enfrenta nesta quarta-feira (15) protesto de professores ao mesmo tempo em que o ministro da Educação deve sofrer um bombardeio na Câmara. Abraham Weintraub esteve na comissão do Senado em ambiente mais tranquilo, mas hoje ele vai ao plenário da Câmara em situação menos amigável.

Ele teve um convite transformado em convocação e vai falar sem que haja divisão que favoreça presença de governistas e deixe de fora os oposicionistas. Deverá ser uma sessão longa.

Para lembrar que o então ministro da Educação de Dilma, no segundo mandato, Cid Gomes, xingou deputados e foi demitido ao fim do dia.

Da mesma maneira, os protestos desta quarta que misturam os temas da educação com a reforma da Previdência, poderão levar às ruas um grande volume de pessoas de diferentes localidades, origens sociais, grupos e até eleitores do presidente Jair Bolsonaro. Faculdades particulares estão convocando alunos para debates e mobilizações para discutir o futuro da pesquisa, da universidade pública, discussão sobre cortes em universidades importantes.

A questão da educação não pode ser binária entre direita e esquerda. Ela atinge o conjunto da sociedade. Vem também uma grande chuva de desinformação a respeito.

O MEC voltou atrás no corte em universidades que fizessem balbúrdia, disse que o corte seria reduzido a 30%. A coisa foi sendo mudada sem muita explicação dos critérios e isso não foi gerado por oposição ou sindicatos.

Cortes na educação

Uma lambança. Esta terça-feira (14) foi tenebrosa para o Governo. O colégio de líderes deicdiu não votar nenhuma das medidas provisórias nesta semana. Isso é importante porque ao menos 11 correm o risco de caducar. Uma delas é a reforma administrativa, que pode mudar a Esplanada dos Ministérios.

Os líderes adiaram as votações, porque o líder do Governo na Câmara, major Vitor Hugo, passou o fim de semana insuflando uma crise no Congresso e que chegou a anunciar de maneira ingênua de que havia maioria para reverter a mudança do Coaf para a pasta da Economia.

Diante da possibilidade de derrotas, Jair Bolsonaro recebeu alguns líderes partidários no Planalto. Nesta reunião, segundo 10 líderes presentes, o presidente ligou para o ministro da Educação dizendo para sustar os cortes na pasta.

Mas depois os líderes do Governo passam a desmentir as afirmações dos líderes. E eles reagiram. As emendas vão saindo piores que o soneto e é nesse ambiente que o ministro Weintraub será entregue ao plenário da Câmara.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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