Confiante em vitória, Hillary tenta vitaminar bancada democrata no Congresso

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 25/10/2016 12h28
ELX17. Charlotte (United States), 23/10/2016.- US Democratic Party presidential nominee Hillary Clinton participates in a campaign event at the University of North Carolina at Charlotte in Charlotte, North Carolina, USA, 23 October 2016. The USA general election will take place on 08 November. (Elecciones, Estados Unidos) EFE/EPA/ERIK S. LESSER EFE/EPA/ERIK S. LESSER Candidata democrata Hillary Clinton - EFE

Em exatas duas semanas, em 8 de novembro, as eleições americanas. A rainha democrata Hillary Clinton é cautelosa por excelência. Jamais cometeria o amadorismo de cantar vitória. Antes de tudo, porque não pode se dar a este luxo e em segundo lugar para evitar complacência. A base precisa estar mobilizada e assustada com o pirata Donald Trump que insiste na lenga-lenga sobre fraude eleitoral e pesquisas distorcidas.

Dito isso, Hillary Clinton investe mais atenção, energia e dinheiro dos cofres de sua campanha para o cenario pós-eleição. Tradução: existe uma grande mobilização para vitaminar a bancada democrata no Congresso. Todas as cadeiras em jogo na Câmara dos Deputados e 1/3 das do Senado. Nas duas Casas, controle republicano.

A ambição democrata sempre foi reconquistar o Senado, uma ambição realista, e existe o sonho mais distante de retomada da Câmara, mas diminuir a maioria republicana já será um grande feito. Basta ver que o próprio presidente Obama está fazendo campanha pelo interior por candidatos democratas à Câmara.

Nos comícios, Hillary fala menos de Trump e assessores da candidata já trabalham para remover um obstáculo que parece instransponível: o azedume de uma campanha especialmente brutal e negativa, em que os dois candidatos são mal vistos pela opinião pública, com uma intensidade sem precedentes. Nos comícios, Hillary já acena para eleitores de Trump dizendo que vai trabalhar por eles, também.

A agenda dela pode facilmente empacar no Congresso, lendário pela paralisia, polarização e rancor. Obama passa por isso, pois os democratas perderam o controle do Congresso em 2010. Por este motivo, existe este foco de Hillary nas eleições para o Congresso, sem é claro descuidar de sua própria eleição.

Em que pé estamos? Para arrebatar o controle do Senado, os democratas precisam conseguir ao menos quatro cadeiras, dando a Tim Kaine, o vice de Hillary, o voto de Minerva, pois o vice-presidente americano é o presidente do Senado. Na Câmara, a missão é bem ingrata. Para conseguir o controle, os democratas vão precisar de um ganho de 30 cadeiras. Será uma grande surpresa se obtiverem mais de 15.

Claro que tudo é uma discussão acadêmica nesta eleição de tantas surpresas. Partidários de Trump alertam para que não sejam esquecidos erros vexaminosos em pesquisas recentes em várias partes do mundo, como na Grã-Bretanha e na Colômbia. Em contrapartida, não pode ser descartada uma onda, ou seja, se Hillary realmente conseguir uma vantagem de dois dígitos no voto popular, o que é muito improvável, o impacto favorável aos democratas nas eleições no Congresso será imenso.

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