Desde a reeleição de Dilma, má notícia é o que não falta

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2015 15h23

Enquanto o Brasil amarga uma má notícia depois da outra, em plena crise econômica, política e moral como nunca antes vista na história deste país, o PT comemora seus 35 anos de fundação.

A festa foi na última sexta-feira, em Belo Horizonte, e eu não sei o que celebrava a companheirada: se o apogeu ou o ocaso do partido.
A comemoração teve de tudo um pouco:

Lula defendeu o companheiro-tesoureiro denunciado na Lava Jato, e acusou a imprensa de perseguição.

Rui Falcão denunciou tentativa de criminalizar o partido, enquanto Dilma, em seu “Fantástico mundo de Dilma”, apregoava que o Brasil deve sentir orgulho da Petrobras.

Repito: não sei o que o PT tem a comemorar. Acho, sinceramente, que o partido tem mais motivos para lamentar.

Antes de chegar ao poder, foi símbolo de ética e renovação, hoje é a personificação da corrupção e do fisiologismo.

No ano passado, a cúpula do partido foi condenada a prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Este ano, o Partido dos Trabalhadores está no epicentro de um nova e mais furiosa tormenta: o escândalo do Petrolão.

Mas, não foi só a corrupção que fugiu ao controle do PT. Também a inflação, ressurgiu com força para fazer grandes estragos.

Outro pesadelo a atormentar os brasileiros é o apagão. E pensar que a presidente veio a público garantir que o Brasil teria energia suficiente para o futuro e nenhum risco de racionamento.

Desde a reeleição, má notícia é o que não falta: cortes de benefícios trabalhistas, aumento das taxas de juros, tarifaço, demissões em massa, desemprego…

É que, enquanto os louros vêm para poucos, os prejuízos são amargados por muitos.

O PT semeou vento. Plantou, no terreno fértil da mentira, o assistencialismo sem retorno, o populismo demagógico, o fisiologismo barato, a corrupção, os números de faz de conta, o terrorismo eleitoral… agora, o Brasil é quem a colhe tempestade.

Mas, o tempo está virando. Segundo pesquisa Datafolha, Dilma bate recorde de rejeição. Agora, 44% dos brasileiros consideram seu governo ruim ou péssimo. Setenta e sete por cento acreditam que a presidente sabia do escândalo da Petrobrás. Para 47% dos entrevistados, Dilma é “desonesta” e outros 60% acreditam que a presidente mentiu na campanha.

Desde 1999, um presidente não era tão mal avaliado pelos eleitores… Aliás, há tempos as coisas não iam tão mal para o Brasil e os brasileiros.

Mas, se há tempo de desgraça, há também o tempo do alento. E como diria o “companheiro” Chico Buarque: “Apesar de você amanhã há de ser outro dia…”

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