Em encontro com Paulo Câmara, Temer cobra fidelidade do PSB no Congresso

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2016 11h06
Brasília - Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o presidente Michel Teme durante cerimônia de assinatura da MP para reestruturação do ensino médio (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato/Agência Brasil Governador Paulo Câmara e presidente Michel Temer - ABR

Michel Temer participa da política muito mais do que Dilma Rousseff fazia, e isso o tem ajudado a manter base de apoio no Congresso um tanto coesa.

O presidente se reúne com o governador do Pernambuco Paulo Câmara (PSB) nesta quinta (13) pois o Partido Socialista Brasileiro foi o mais infiel da base de apoio na primeira votação da PEC teto dos gastos na Câmara.

O PSB diz que a dissidência foi pontual, uma vez que o governo não aceitou o pedido da sigla de livrar a educação e a saúde da limitação de gastos.

O partido, no entanto, está em uma posição ambígua. Por ser do espectro, digamos, da centro-esquerda, o PSB não quer ficar taxados como apoiador do ajuste fiscal

Temer lembrará a Câmara, no entanto, que o partido tem o ministério de Minas e Energia (com Fernando Bezerra Filho) e cargos importantes do governo. O presidente pressionará o governador a fazer o partido decidir se apoia o governo ou não, arcando com os ônus e bônus disso.

Michel Temer marcou o encontro antes de sua nova viagem internacional pois acha importante acertar os ponteiros agora, pois a PEC dos gastos ainda passará por segundo turno na Câmara dos Deputados e outros dois turnos de votação no Senado, onde o PSB tem muitas cadeiras, muitas das quais ligados ao “ancien régime”, de Dilma Rousseff.

Para acertar os ponteiros com o PSB, Temer conta com o governador Câmara, um dos principais líderes do partido, e com o próprio ministro, filho do senador Fernando Bizerra.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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