Entrevista de Lula a jornal italiano é cheia de impropriedades

  • Por Jovem Pan
  • 10/03/2014 14h18

Reinaldo, Lula concedeu uma entrevista ao jornal La Republica, da Itália, e afirmou que o emprego é mais importante do que baixar a inflação. O que você acha dessa declaração? Parece também que a memória do ex-presidente não anda tão boa né?

Acho que é uma tolice monumental a exemplo de outras que ele costuma dizer, como aquela em que ele sugeriu que a terra poderia ser quadrada.  É tolo simplesmente porque essas não são coisas postas nem impermutáveis, ou seja, nem se deve considerar que gerar empregos é o polo oposto do controle da inflação e nem se deve considerar que em certas circunstâncias pode se escolher uma coisa em detrimento de outra.

É o tipo de juízo cretino, fanfarrão, que pretende jogar no colo dos críticos da política econômica a pecha de defensores do desemprego. O Brasil já voltou a ter a taxa real de juros mais alta do planeta. O crescimento brasileiro já é modestíssimo e uma inflação incomoda está aí.

Porque é da natureza de um modelo ancorado no consumo, com baixa produtividade, gasto excessivos do governo e pouco investimento. De resto, é preciso deixar claro, o país tem gerado empregos de baixa qualidade. Lula cometeu ainda algumas outras impropriedades. 

Disse ao jornal italiano, por exemplo, que manteve no Brasil o terrostista Cesare Battisti porque respeitou uma decisão da justiça. É mentira. Mentira das grossas, o STF considerou ilegal a concessão de refúgio à Battisti, mas numa segunda votação, essa sim estupefaciente, considerou que caberia ao presidente a última palavra sobre a sua permanência no Brasil. E Lula decidiu que ele deveria ficar. Logo a verdade é essa. Ele desrespeito a justiça, mantendo no país alguém cujo refúgio foi considerado ilegal. 

Sobre o petista Henrique Pizzolato, que está preso lá na Itália, afirmou que é preciso respeitar a decisão da justiça italiana. É evidente que ele está torcendo para que o homem fique por lá mesmo. Afinal, é um arquivo vivo. Quando fala a estrangeiros, Lula gosta de posar de moderno e democrata. Disse que Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, erro ao não dialogar com a oposição. É mesmo? A política externa brasileira é uma das áras do governo mais influenciadas pelo lulismo. Em vez de censurar Maduro, o Brasil resolveu endossar uma nota criminosa de apoio ao tiranismo assinada pelo Mercosul, que no momento é presidido pela Venezuela.  Pior, votou contra ao envio de observadores da OEA ao país.

Indagado sobre os protestos de rua aqui no Brasil, que podem acontecer inclusive durante a Copa, afirmou que isso tudo é coisa da democracia, que é assim mesmo. Que como ex-líder sindical não poderia condenar as manifestações.  Pois é, ele sabe que o pior da eventual repressão aos excessos ficará por conta das polícias militares dos Estados. Elas quer se virem.

Indagado se ainda pode concorrer à presidência, acenou com a possiblidade de voltar a disputar as eleições em 2018. É, eles não pretendem largar esse osso tão cedo.

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