“Falem mal, mas falem de mim”: a imagem do Brasil no exterior em 2016

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 18/03/2017 11h49
Brasília - A Presidenta Dilma Rousseff acompanha o Dia de Mobilização Nacional contra o Mosquito Aedes aegypti na sala de controle do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo / Agência Brasil Dilma Rousseff em campanha contra zika vírus

Falem mal, mas falem de mim. Este é um bom bordão para o Brasil, pelo menos a sua imagem internacional. Levantamento anual feito pela empresa Imagem Corporativa revela que em 2016, o volume de reportagens e análises sobre o Brasil teve uma alta significativa de 75% em relação a 2015, com o número passando de 1.908 para 3.352 textos.

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O preço:foi alto: o aumento da cobertura sobre o Brasil foi acompanhado pela elevação do tom negativo de 72% para 81%. Na verdade a imagem do Brasil tem piorado, piorado nos últimos anos desde que o levantamento foi feito pela primeira vez em 2009. Para dar uma medida, havia um tom negativo em apenas 24% dos textos em 2012.

Os motivos para mais volume e mais negativismo na imagem do Brasil no exterior em 2016 são fáceis de entender. Os fatos, os fatos, os fatos: impeachment de Dilma Rousseff, corrupção e incertezas econômicas. Outros assuntos relevantes foram Jogos Olímpicos e Zika.

O estudo da Imagem Corporativa abrange 14 publicações das Américas, Europa e Ásia, entre elas suspeitos habituais como The New York Times e The Economist. O Wall Street Journal foi o veículo que dedicou mais espaço: 22%. O campeão de negativismo foi a revista alemã Der Spiegel: 100%

Um pequeno consolo foi a leve recuperação da imagem brasileira no exterior no quarto trimestre de 2016 em função da economia. Vamos ver o que nos aguarda em 2017. Notícia não faltará.

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