O Brasil é realmente o país do balacobaco

  • Por Jovem Pan
  • 22/08/2014 20h41

Nêumanne, não é louvável a atitude generosa da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do ex-diretor internacional, Nestor Cerveró, ao doarem três imóveis, cada, aos filhos, depois da divulgação do escândalo de Pasadena, no Texas? Você não acha que esse exemplo deveria ser imitado?

Ouvinte da Jovem Pan, não é por nada não, mas o Brasil é realmente o país do balacobaco. O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, descobriu que a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ex-diretor internacional da mesma empresa, Nestor Cerveró, que está no epicentro do furacão de Pasadena – a compra desastrosas da refinaria da Astra Oil no Texas, nos EUA. Então, eles doaram, cada um, aos filhos, três imóveis depois da divulgação do escândalo.

Bom, resultado: o Tribunal de Contas da União, que estava para votar uma resolução pedindo o bloqueio dos bens desses senhores – na verdade, o dela, porque o dele já foi decretado – resolveu adiar. Sabe por quê? Porque o relator achou que o assunto era gravíssimo. Eu sou do tempo em que, quando o assunto é grave, se resolve, né?

Bom, de qualquer maneira, eu achei que o assunto deveria ser resolvido com o bloqueio dos bens dela, inclusive porque, até para mostrar que coisa mais benemérita, que pessoas mais generosas, que seres humanos mais dignos de suas condições de ascendentes, doando aos filhos imóveis para evitar que eles percam patrimônio no caso de ele vir a ser bloqueado.

Mais emocionante – eu até proponho que haja uma grande campanha nacional: pais, doem seus imóveis para os seus filhos – mas, além disso, eu tenho outra sugestão: eu fiquei muito impressionado com aquele Luís Inácio Adams, que é o advogado-geral da União, aliás, ele entra… Ele faz um trio com Graça Foster e Nestor Cerveró, né? Que gente esquisita! Parece saída de desenho animado. Pois bem, o Luís Inácio Adams faz uma defesa tão ardorosa da Graça Foster. Disse que ela fez um ato comum de doar, que não tinha nada a ver com o escândalo, que eu imaginei que esteja hoje profundamente urgente que se mude o nome de advogacia-geral da União, AGU, para advocacia-geral da Gracinha. Ah, não é assim que a presidente Dilma chama a Graça Foster? AGG?

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