Os tucanos foram para Nova Iorque

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2015 22h09
SÃO PAULO - SP, BRASIL, 18-03-2011, 16h00: PINGUE FHC. Retrato do ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso, feita em seu escritório no Instituto FHC (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress, PODER) *** EXCLUSIVO FSP*** Adriano Vizoni/Folhapress FHC fala à radio Jovem Pan

Pergunta: A revoada de tucanos para Nova York, para festa em homenagem ao Fernando Henrique, não deveria ser evitada neste momento de crise no país e da indicação polêmica que Dilma Rousseff fez para o Supremo Tribunal Federal?

Resposta: A coluna “Painel”, da Folha, publicou que há uma debandada de pesos pesados do PSDB, para uma festa em homenagem ao FHC, em NY, justamente no dia da sabatina do jurista Luis Fachin, que Dilma está indicando para o Supremo Tribunal Federal.

O Senador Aloísio Nunes Ferreira, que foi candidato a vice na chapa de Aécio Neves, fez questão de, através dos meios dos perfis sociais, que andaram criticando muito essa debandada, dizer que não é verdade que ele, por exemplo, não vai. O mesmo não fizeram os outros citados. José Serra, que é da Comissão de Constituição e Justiça, Tássio Ribeiro, que não é da CCJ, Aloísio Nunes Ferreira é.

E, por fim, Aécio Neves, que não explicou nada até agora, que não se posicionou, que preferiu ficar cumprimentando a própria mulher por que os filhos gêmeos deram-lhe a condição de comemorar, agora, pela primeira vez, o dia das mães. O que acontece é que o momento no país é grave e, com essas debandadas.. não é a primeira festa…

O PSDB participou de um jantar em homenagem ao Fernando Henrique, ao qual foi Marcelo Odebrecht, um dos empreiteiros suspeitos, que foi fotografado ao lado de tucanos sorridentes na festa; altas figuras do PSDB também foram para o polêmico casamento do cardiologista Ricardo Kalil e, inclusive, ouviram um “mini panelaço” contra Dilma, com a presença de Dilma e de Lula.

Com esse tipo de comportamento, comparecendo a festas ao invés de trabalhar, o PSDB e particularmente Aécio Neves, que teve 51 milhões de votos, de negação a Dilma, ao PT e ao Lula, poderiam ser um pouco mais consequentes, trabalhar mais, não faltar às sessões no Congresso, mesmo que não façam parte da Comissão. No caso do Aécio, na condição de líder do PSDB e de eventual candidato da oposição à presidência, ainda a questão é mais delicada.

Se continuarem agindo desse jeito, os tucanos terminarão consolidando a tese de que são coxinhas e playboys e ainda ganhando um apelido de “arroz de festa”.

Seria melhor se trabalhassem e atuassem. No caso do Fachin, é mais grave ainda por que, tudo indica, que parte da bancada do PSDB vai apoiar o nome de Dilma num momento grave, por que é uma indicação que demonstra extrema insensibilidade à racionalidade da presidenta da República.

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