Para não constranger Renan, Planalto quer adiar julgamento no STF

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2016 08h35
Plenário durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à apreciação de 24 vetos, 2 projetos de resolução e do PL (CN) 1/2016, que altera a meta fiscal de 2016. À mesa: presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL); secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho; senador Romero Jucá (PMDB-RR); deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) Foto: Roque de Sá/Agência Senado Agência Senado Renan Calheiros

O Palácio do Planalto costura nos bastidores uma tentativa de adiamento do julgamento da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) impetrada pela Rede no STF. A ação questiona se um réu em ação por crime comum pode ocupar um cargo que o coloque na linha sucessória da Presidência.

De forma a não “melindrar” Renan Calheiros para que este não crie obstáculos para a votação da PEC do teto de gastos no Senado, o Governo realiza discussões para adiar o julgamento marcado para esta quinta-feira (03).

Renan ainda não é réu, mas responde a oito inquéritos e uma denúncia no Supremo Tribunal Federal. A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, já afirmou que não quer adiar o julgamento.

O relator da ADPF, ministro Marco Aurelio Mello alegou que houve tempo suficiente para a análise do processo e que o adiamento prejudicaria o andamento no Supremo.

Com os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski em viagens, outros ministros podem alegar falta de quórum para julgar o caso. Mas Vera Magalhães destaca que “a presidente do STF vai fazer força para que o julgamento ocorra”.

Confira:

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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