Se o Brasil crescesse 4% ao ano, já estaríamos às escuras

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2015 11h24

Ainda bem que a presidente Dilma Rousseff e seu incrível modelo de desenvolvimento estão por aí. Como o país cresce perto do zero, temos, como ela mesma diz há tempos, “blecautes”, mas não “apagão”. Ah, bom! Agora a gente já pode ficar mais tranquilo, e muitos investidores, fugir do Brasil, já que não vale a pena pôr dinheiro produtivo num país cuja oferta de energia é incerta.

É claro que Dilma não tem culpa por estarmos experimentando este, como é mesmo?, “ritmo hidrológico”, para citar a expressão dita na quinta-feira pelo novo ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga. Mas ela é ou não é a grande pensadora e planejadora de toda a área de energia do país nos últimos 12 anos? Ficaremos, em princípio, 16 anos submetidos a seus desígnios no setor.

Em 2001, o país não tinha, disse-se à farta, termelétricas em número necessário, e havia problemas na interligação do sistema. Em tese, tudo estaria resolvido agora, só que não! E há muito os especialistas alertam para o risco de crise, o que sempre deixou tanto a ministra Dilma como a presidente Dilma enfurecidas. As termelétricas brasileiras operam no limite com o país crescendo perto de zero. Estivesse a economia avançando, sei lá, a modestos 3% ao ano, ou 4%, e teríamos é apagão mesmo. Mas agora entendo: a governanta faz a economia beijar a lona para que não fiquemos às escuras. Que mulher previdente!

De 2011 até agora, houve no país 240 blecautes. No dia 3 de fevereiro de 2011, por exemplo, já na gestão da presidente Dilma, o Nordeste sofreu um apagão geral. No dia 28 de agosto de 2013, outro. A ocorrência mais grave se deu no dia 10 de novembro de 2009, estendendo-se por algumas horas da madrugada do dia 11. Boa parte do país, inclusive na região Sudeste, ficou às escuras. A então ministra-chefe da Casa Civil, já apontada como futura candidata do PT à Presidência, deu um pito nos jornalistas que faziam perguntas sobre a ocorrência e aproveitou para atacar… FHC, é claro!

O governo popularizou, então, a “Teoria do Raio”, que teria provocado um problema técnico etc. Veio o Inpe e concluiu que o raio não era culpado coisa nenhuma! Então foi, bem, sei lá… À época, a agora presidente não tinha ainda esse ar superior de Rainha de Banânia. Com os jornalistas insistindo em saber as causas, ela disparou, naquele estranho idioma que falava, combinado com o cabelo estilo capacete:

“Minha querida, tem uma coisa que nós humanos temos um problema imenso: nós não controlamos chuva, vento e raio. Sempre quisemos, mas não conseguimos ainda. Talvez algum dia, né?”

Tudo muito claro, certo?

Veja o vídeo:

Dilma tem culpa se não chove? Não! Ele é responsável, e é, por tentar dourar a pílula. Ora, faz dois anos, esta senhora resolveu baixar o preço da energia elétrica, como se houvesse excesso de oferta. O desastre é conhecido. Ainda na campanha eleitoral, voltou a acusar seus adversários de falta de planejamento.

Então ficamos assim, “minha querida”: não é apagão, tá? É só blacaute. Apagão seria se o país crescesse a 3%, 4%. Mas já sabemos que Dilma não fará essa maldade com o Brasil, né?

Eis aí: a petistite, aquela infecção provocada pelo petismo, é o caminho mais caro e mais danoso entre dois apagões.

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