A violência nossa de cada dia e a República Anarquista de Alcaçuz

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2017 13h10
BRA11. NATAL (BRASIL), 20/01/2017.- Presos se reúnen en un tejado hoy, viernes 20 de enero de 2017, en la cárcel de Alcacuz, en Natal (Brasil). Presos continúan hoy amotinados por séptimo día consecutivo en la cárcel de Alcaçuz, en el estado brasileño de Río Grande do Norte, donde las Fuerzas Armadas comenzaron a llegar para reforzar la seguridad en las calles. EFE/Ney Douglas EFE/Ney Douglas Presos expõem armas em telhado do presídio de Alcaçuz

O pior da violência é quando vamos nos acostumando com ela. Mais de 150 presos fugiram de um presídio em Bauru, interior de São Paulo. Não foi um, não foram dois, não foram dez. Foram mais de bandidos que escaparam da prisão que, dizem, é controlada pelo PCC.

Com certeza essa fuga foi premeditada, orquestrada, marcada e executada. É trabalho de planejamento. E isso mostra como está organizado o crime no Brasil. Ao contrário do Estado Brasileiro: há mais de uma semana, por exemplo, presidiários controlam a Penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte.

Acredito que, frente à incompetência de nossas autoridades, seria melhor dar independência a Alcaçuz. Fica criada, portanto, a República Anarquista de Alcaçuz, um enclave independente no meio do território brasileiro. E vamos ver o que acontece.

Com certeza, em pouco tempo, aquela imagem dos presos passeando pelo telhado, falando ao celular tranquilamente, vai estar incorporada à paisagem turística de Natal.

É aí que mora o perigo: quando a violência começa a fazer parte do nosso cotidiano.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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