Maia minimiza volta do Coaf para o Ministério da Economia: ‘Não acho que seja esse problema todo’

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2019 13h03 - Atualizado em 09/05/2019 13h16
Jovem Pan Rodrigo Maia foi entrevistado por Carlos Andreazza nesta quinta-feira (9)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em entrevista exclusiva a Carlos Andreazza, repercutiu a aprovação de transferência do Coaf para o Ministério da Economia. De acordo com ele, o tema “não tem essa força toda que gerou nos últimos dias”. A entrevista na íntegra será exibida às 17h, no programa 3 em 1 desta quinta-feira (9).

Ao ser questionado a respeito do tema, Maia afirmou que a transferência para o Ministério da Justiça “era uma posição política do Governo”. Mas, para ele, não haverá mudança na prática: “Eu acho que essa é uma agência de Estado, ela não deveria ser instrumento. Não acho que teria nenhum problema permanecer na Justiça porque, sendo uma agência de estado, claro que suas atribuições estão preservadas e seu sigilo também.”

“Nem o ministro da economia, nem da Justiça podem interferir no Coaf. Não acho que seja esse problema todo”, reforçou.

Segundo o presidente da Câmara, o Coaf manterá seu trabalho sem qualquer tipo de perda agora sob a tutela de Paulo Guedes: “Até onde eu sei, ninguém nunca questionou a independência e o trabalho do Coaf na Economia para nenhum tipo de investigação, nenhum trabalho junto com a Polícia Federal, o Mistério Público. Nunca ouvi falar em nenhum tipo de conflito.”

“É importante que a gente tenha clareza que não se mexeu na lei e estrutura do Coaf. A decisão da Comissão, que não foi votada no Plenário, foi pela Economia, que vai continuar trabalhando junto com os órgãos de investigação, que, até onde eu sei, nunca tiveram nenhum problema nos últimos anos”, concluiu.

Elogios a Moro

Maia aproveitou para elogiar a articulação do ministro Sergio Moro nos últimos dias:  “Quero parabenizá-lo porque ele fez política. Eu disse a ele que respeitaria o resultado da Comissão para um lado ou para outro, mas parabenizei ele. Chamou cada senador e deputado e mostrou sua posição de forma aberta. É bom: uma pessoa que não era da política, que começou a ter voz e liderança importante com o Poder Legislativo. Independente do resultado, essa posição do Moro foi muito importante para nossa relação.”

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