O encontro fora da agenda entre Temer e Cármen Lúcia: pouco republicano?

  • Por Jovem Pan
  • 12/03/2018 19h15 - Atualizado em 12/03/2018 19h25
EFE Cadu Gomes/EFE Michel Temer se encontrou com a ministra Cármen Lúcia no último sábado

O presidente Michel Temer visitou no último sábado (10) a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia.

O encontro ocorreu na casa dela, em Brasília, e foi feito fora da agenda, a pedido do presidente, que telefonou para a ministra durante a semana para pedir a reunião.

Na saída do encontro, Temer disse que ambos trataram sobre Segurança Pública e sobre a intervenção no Rio de Janeiro. A assessoria de Cármen Lúcia manteve a versão e classificou a conversa como “absolutamente institucional”.

O problema é que a reunião ocorreu poucos dias depois da inclusão de Temer no inquérito que apura repasses da Odebrecht ao MDB em 2014. Ele anda muito irritado com isso. Argumenta que um presidente em exercício não pode ser investigado por acontecimentos anteriores ao mandato.

Lembrando que o pedido de inclusão nesse inquérito foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O ministro Edson Fachin, do Supremo, acolheu.

No 3 em 1 desta segunda-feira (12), Patrick Santos mediou um debate sobre o assunto entre Vera Magalhães, Carlos Andreazza e Marcelo Madureira.

Vera disse que é muito difícil acreditar que os dois só discutiram Segurança Pública. Madureira seguiu no mesmo raciocínio e afirmou que esse encontro não pegou bem. Andreazza, por sua vez, criticou Cármen Lúcia e disse que ela é a pior presidente do STF.

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