“Carta ao Povo Brasileiro” de Lula teve contribuição da Odebrecht

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2017 11h20
BRA84. SAO PAULO (BRASIL), 20/09/2016.- Fotografía de archivo del 28 de marzo de 2016 del expresidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva en Sao Paulo. El juez responsable por la investigación del gigantesco escándalo de desvíos en la petrolera brasileña Petrobras aceptó hoy, 20 de septiembre de 2016, los cargos por corrupción y lavado de dinero formulados contra Lula da Silva y lo convirtió por primera vez en reo en el histórico proceso. El juez federal Sergio Moro aceptó la denuncia formal presentada la semana pasada por la Fiscalía contra Lula, a quien acusa de haber recibido favores de una de las empresas beneficiadas por los desvíos en la petrolera estatal, según la decisión divulgada por su juzgado. EFE/Sebastião Moreira EFE/Sebastião Moreira Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - EFE

As delações da Odebrecht mostram que a ligação da empreiteira com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva vem desde antes de ele se tornar Presidente da República, em 2003.

No início da campanha vitoriosa nas eleições de 2002, o petista publicou um documento intitulado “Carta ao Povo Brasileiro”. O objetivo era conquistar a confiança do mercado financeiro e dos empresários, que ainda desconfiavam dos rumos que a economia poderia tomar caso Lula fosse eleito.

E até nisso a empreiteira teve participação. Segundo o ex-executivo Emílio Odebrecht, a carta é um exemplo do tipo de apoio não financeiro dado ao ex-presidente.

Antes de depor ao Ministério Público, Emílio apresentou documentos escritos afirmando a contribuição da empresa para construir Lula como um candidato forte ao Planalto.

Segundo ele, entre 2001 e 2002, foram organizados vários encontros entre o então presidenciável e diferentes empresários. Porém, ele diz que as contribuições da Odebrecht ao ex-presidente vêm há muito mais tempo. “Nós ajudamos ele desde aquela época. Fomos com ele o tempo todo”, disse.

O relato de Emílio Odebrecht ainda destaca que ele começou a dar suporte a Lula quando ninguém o apoiava, e que eram feitos pagamentos em volumes consideráveis.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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