Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia sofre mais um motim: nova crise penitenciária?

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/01/2018 20h30 - Atualizado em 18/01/2018 16h41
Reprodução/TV Anhanguera O Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia vem sendo manchete desde o início da semana
Detentos fizeram a terceira rebelião em menos de uma semana no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O motim começou por volta das 4 e meia da manhã desta sexta-feira (5) na Penitenciária Odenir Guimarães, unidade de regime fechado dentro do complexo.
O Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia foi manchete no início da semana, quando uma outra rebelião deixou 9 mortos e 14 feridos. Muito se especulou sobre a motivação dos conflitos. Especulava-se uma briga entre facções pelo controle do local.
Mas, segundo áudios obtidos pela Revista Veja, o que ocasionou o confronto foi a festa de Ano-Novo no presídio. Os detentos teriam exagerado na bebida alcoólica e partido para a briga entre eles.
A crise prisional voltou a ser uma preocupação grave neste começo de ano. Os governadores de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia e Maranhão divulgaram ontem um manifesto pedindo providências do governo federal.
Eles pedem, por exemplo, a criação de um fundo nacional de segurança pública e a construção de novos estabelecimentos penais federais.
No 3 em 1 desta sexta-feira (5), Patrick Santos mediou um debate sobre o assunto entre Vera Magalhães, Marcelo Madureira e Luciana Verdolin.
Vera lembrou da crise penitenciária do ano passada e disse que as medidas tomadas à época foram paliativas. Verdolin destacou a queda de braço entre governos federal e estaduais, que tentam responsabilizar um ao outro pelos problemas. Já Madureira fez uma dura crítica. Segundo ele, há dois lugares no Brasil onde a lei não impera: nas favelas e nos presídios.

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