Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta quarta-feira (20/04/2016)

  • Por Jovem Pan
  • 20/04/2016 16h48

Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina comentaram os principais assuntos desta quarta-feira (20) em “Os Pingos nos Is”.

Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo diz que a má Dilma do passado ainda está na Dilma do presente. A ditadura tornava pardos todos os gatos. Agora, cada gato é visto por aquilo que é. E Dilma, dado o seu discurso, continua a odiar a democracia.

Confira outros assuntos do programa aqui:

DILMA X ONU – A presidente Dilma Rousseff decidiu transformar seu discurso na ONU em mais uma tentativa de defender seu governo e, segundo ela, denunciar um golpe em curso no Brasil. A petista viajará aos Estados Unidos amanhã para participar, na sexta, da cerimônia de assinatura do Pacto de Paris, um acordo entre as nações para frear o que os cientistas chamam de “catástrofe climática”. Até ontem pela manhã, Dilma não considerava viajar a Nova York para o evento, mas ela mudou de ideia horas depois, após reunião com assessores e auxiliares no Palácio do Planalto.

CRÍTICAS X DISCURSO – Reinaldo, logo após o surgimento da notícia de que Dilma poderá usar seu discurso na ONU para se dizer vítima de um golpe, senadores do PSDB criticaram a decisão da petista. Para Aloysio Nunes Ferreira, de São Paulo, por exemplo, isso seria um “desserviço que ela presta ao país, querendo se vitimizar e apresentando uma visão falsa da realidade institucional brasileira”. Já o líder da legenda na Casa, Cassio Cunha Lima, da Paraíba, afirmou que um eventual discurso sobre golpe na ONU será “ultrajante”. Agora, Reinaldo, não foram apenas os tucanos que criticaram a possibilidade. O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, afirmou ser “no mínimo estranha” essa indicação de que a presidente pretende discursar sobre o tema nos Estados Unidos. Para Celso de Mello, chamar impeachment de golpe é um “gravíssimo equívoco”, que se trata de uma perspectiva eminentemente pessoal e faz parte de sua linha de defesa.

LULA X STF – O Supremo Tribunal Federal adiou, por 10 votos a 1, nesta quarta-feira a decisão sobre a nomeação de Lula para a Casa Civil, suspensa em 18 de março pelo ministro Gilmar Mendes. Na avaliação do magistrado, a escolha do ex-presidente tem indícios de fraude porque foi feita para que o político adquirisse foro privilegiado e não ficasse submetido à jurisdição deSergio Moro, responsável pela Lava Jato. Logo no início da sessão, o ministro Teori Zavascki, que é relator de outras duas ações que questionam a nomeação e posse de Lula, pediu o adiamento do julgamento.

STF X GOLPE – Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, também refutou a tese da presidente Dilma Rousseff de que o processo de impeachment aprovado na Câmara dos Deputados é, na verdade, um golpe. Gilmar observou que o processo seguiu a Constituição e as regras definidas pelo próprio STF.

DEFESA X DISCURSO – O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quarta que a presidente Dilma Rousseff tem o direito de eventualmente falar sobre o impeachment em uma assembleia da ONU. Aspas para Cardozo: “A presidente da República é chefe de governo e chefe do Estado, ela tem o direito de representar o país com pronunciamento naquilo que ela acha que deve fazer. É uma decisão que ela toma, é legítimo que o faça, ela fará no exercício de suas funções como representante do Estado brasileiro”.

TSE X CAMPANHA – A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora no TSE de quatro ações que propõem a cassação da chapa Dilma/Temer, autorizou ontem que a Polícia Federal faça diligências e colete provas para embasar os processos. Entre os pedidos, estão perícia contábil nas gráficas Editora Atitude, Gráfica VTPB Ltda, Red Seg Gráfica e Editora, e Focal Confecção e Comunicação Visual Ltda, que trabalharam para a campanha de reeleição da petista.

TEMER X MINISTÉRIO – O vice-presidente Michel Temer intensificou nesta semana os encontros com possíveis nomes que formarão seu Ministério. A ideia do peemedebista é contar com um “grupo de notáveis” em busca de estabilidade política e retomada do crescimento. Após inúmeras reuniões, começaram a ser especulados na imprensa alguns nomes para a equipe de Temer. O secretário de Segurança Pública de São Paulo Alexandre de Moraes, por exemplo, seria o preferido do peemedebista para assumir a Advocacia Geral da União.

PLANALTO X IMPEACHMENT – Apesar de publicamente vir declarando o contrário, membros do governo reconhecem que o processo de impeachment deve ser acolhido pelo Senado, levando ao afastamento da presidente Dilma. Cientes disso, assessores do Planalto trabalham com uma estratégia para tentar evitar o afastamento definitivo, que será aprovado caso 2 terços dos senadores a considerem culpada em julgamento. Hoje é consenso no governo e na oposição que Dilma conta, aproximadamente, com a simpatia de 20 senadores. Faltariam, assim, 8 parlamentares para que os defensores do impeachment não alcancem os 54 votos necessários para impichá-la. O plano dos petistas é focar esses esforços em dois partidos: o PSB, que tem 7 senadores, e o PMDB, a maior bancada, com 18 parlamentares.

PMDB X RAIMUNDO LIRA – O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, oficializou hoje os cinco nomes do partido que irão compor a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O senador Raimundo Lira, da Paraíba, foi indicado pela sigla para ser o presidente da comissão. Além de Lira, são titulares Simone Tebet (MS), José Maranhão (PB), Rose de Freitas (ES) e Waldemir Moka (MS). Como suplentes, foram indicados Hélio José (DF), Marta Suplicy (SP), Garibaldi Alves (RN), João Alberto (MA) e Dário Berger (SC).

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